Irã dará resposta aos EUA com povo nas ruas

O ministro iraniano do Exterior, Mohamad Yavad Zarif, confia em que o povo persa dê uma resposta contundente às recentes declarações das autoridades estadunidenses na marcha pelo aniversário da Revolução Islâmica, em 11 de fevereiro.

“Os comentários de autoridades estadunidenses não têm valor e serão respondidos pelos iranianos na marcha que realizarão por motivo do 35º aniversário da Revolução Islâmica do Irã”, disse Zarif na quinta-feira (6).

A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, Wendy Sherman, alegou na terça-feira (4) que o Irã não precisava de uma parte de suas instalações nucleares, como o sítio de enriquecimento de Fordo e o reator de água pesada de Arak, ambos no centro do Irã, “para ter um programa nuclear civil”.

Um dia depois, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, criticou a França por ter enviado uma delegação empresarial ao Irã e sublinhou que a maioria das sanções comerciais continua de pé e que Teerã "não está aberto para fazer negócios".

O chanceler iraniano considera que tais afirmações não têm nenhuma relação com a realidade e só são feitas com a finalidade de convencer os extremistas e grupos de senadores que se opõem à solução diplomática dos problemas relacionados à questão nuclear iraniana.

“Não se deve levar tais posturas a sério. Os responsáveis estadunidenses fazem declarações para distorcer a realidade e por isso publicaram um texto falso sobre o acordo nuclear de Genebra, tudo para satisfazer as exigências dos grupos de pressão”, argumentou.

Zarif lembra que a resistência da nação iraniana obrigou o Ocidente a reconhecer o direito de Teerã ao enriquecimento do urânio e o presidente estadunidense, Barack Obama, a admitir sua incapacidade de conseguir “a opção na qual o Irã desmantelasse até o último parafuso o seu programa nuclear e inclusive abandonasse para sempre a possibilidade de ter um programa nuclear”.

Ademais, referiu-se à presença maciça dos iranianos nas eleições presidenciais de 14 de junho de 2013, considerando-a mais um sinal da resistência do povo persa diante das políticas de poderes hegemônicos.

Hispan TV