Deputados maranhenses declaram apoio a Flávio Dino nas eleições 

A campanha eleitoral chegou cedo à Câmara dos Deputados. Logo no início dos trabalhos legislativos, esta semana, os deputados do Maranhão, ao criticarem a situação de desmando administrativo no estado – que foi manchete na mídia nacional com os episódios de violência no Presídio de Pedrinhas – defenderam o nome do pré-candidato Flávio Dino (PCdoB) para o cargo de governador nas eleições deste ano.

“Quero comunicar ao povo maranhense que a bancada de oposição ao governo do estado do Maranhão vai trazer à tona, durante este período, nesta Casa, todos os fatos que nos envergonham e que nos impulsionam hoje a fazer oposição à última oligarquia deste País, a um Governo que é danoso para o Maranhão e para o Brasil”, anunciou o deputado Simplício Araújo (SDD-MA), anunciando o resultado da pesquisa eleitoral que mostra Flávio Dino à frente com 55% das intenção de votos.

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“Tivemos a divulgação daquilo que é como uma luz ao fim de um túnel, uma grande esperança para o Maranhão e o Brasil. A população do Maranhão acordou. Uma pesquisa divulgada e protocolada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº 003/2014 traz o companheiro Flávio Dino à frente das pesquisas de opinião pública no Estado do Maranhão, com 55,3% de preferência popular”, disse o parlamentar.

O candidato da família Sarney tem apenas 15%. E para a candidatura ao Senado, Roberto Rocha (PSB) já aponta com 38%,na frente da Governadora Roseana Sarney, que ostenta apenas 21%.

Fim da oligarquia

O deputado Domingos Dutra (SDD-MA) acompanhou o colega de Partido em seu discurso. Ele que, ao longo destes sete anos, tem registrado na Casa o caos em que vive o Maranhão, disse que “a oligarquia Sarney divulgou o Maranhão por suas tragédias”, em referência ao caso de Pedrinhas.

Segundo o parlamentar, esse não é o único problema do estado, que tem o maior número de pessoas morando em casa coberta de palha, tomando água de cacimba, tirada no balde com gangorra. “Agora, o mundo inteiro tomou conhecimento de que no Maranhão os presos matam, degolam, esfolam, esquartejam e fazem a cabeça dos presos de bola. O mundo inteiro acompanha essa tragédia com os presos do Maranhão. Isso revela o nível de pobreza da sociedade”, avalia Dutra.

Segundo ele, a tragédia devia servir para que “o Brasil acordasse e visse que o Maranhão não pode continuar com uma dinastia, com uma família que transformou o estado numa fazenda, uma família que trata os maranhenses como gado”, diz,, acrescentando que “eu espero que o dia cinco de outubro seja o dia da nossa libertação, porque o Maranhão não aguenta mais”.

De Brasília
Márcia Xavier