"O Hip Hop é luta", afirma apresentador da TV Brasil

"Termos a sinalização que parlamentares apoiam o projeto de lei que reconhece o Hip Hop como manifestação da cultura popular brasileira, só revela o amadurecimento do movimento em dialogar com o poder público. Esse passo só reforça a força do Hip Hop enquanto política pública", externou Anderson Passos, o Hot Black, apresentador do programa Estação Periferia da TV Brasil, em entrevista à Rádio Vermelho.

Joanne Mota da Rádio Vermelho em São Paulo

Por telefone, direto de Aracaju, capital de Sergipe, ele conversou conosco e ressaltou a importância do movimento Hip Hop para a sua cidade e sua inserção no cenário nacional. "Ao longo de minha trajetória vi a transformação que o Hip Hop causou na vida de muitos jovens. Eles se tornaram donos de suas trajetórias, protagonistas e autores de seus rumos", afirmou Hot Black, que também é presidente da Nação Hip Hop Sergipe e membro da direação nacional da Nação Hip Hop Brasil.

Veja quem também marcou presença no especial Hip Hop no Brasil da Rádio Vermelho:

Hot Black viaja o Brasil apresentando a luta do povo através da arte e da cultura. Segundo ele, o Brasil vive um outro momento de discussão e abertura para o diálogo. "Afirmo que sim, o Hip Hop pode ser um complemento desse novo projeto de Brasil que se desenha".

Estação Periferia

Ao falar sobre o fortalecimento do Hip Hop nos últimos dez anos, Hot Black destacou a ocupação de espaços centrais para o reconhecimento do movimento. Ele lembra que as periferias possuem espaços valorosos, mas a ocupação dos espaços institucionais e de uma televisão pública, por exemplo, abriram flancos estratégicos para os manos e minas que fazem o Hip Hop no Brasil.

"Quando ousamos ocupar um espaço tão valoroso como é a rádio e TV pública de Sergipe [Fundação Aperipê], o que abriu espaço para que chegássemos à TV Brasil, em rede nacional e pudéssemos revelar esses atores sociais das periferias, ousamos dar um passo muito importante e que contribuiria para a cultura de maneira geral. Ou seja, mesmo o Brasil sendo sendo refém de uma tv consevadora e pejorativa, conseguimos mostrar não só a força do Hip Hop, mas também as demais culturas que germinam nas periferias do nosso Brasil e carecem de visibilidade e valorização", acentuou.

 Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho: