Ministro adverte para escalada de violência na África do Sul
O ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, alertou para a escalada de violência social que afeta várias regiões da África do Sul e que mantém os corpos de segurança praticamente em estado de emergência.
Publicado 01/02/2014 08:27
Nunca tivemos uma situação de violência popular tão preocupante, qualquer posto policial de repente pode amanhecer cercado de uma multidão de manifestantes, comentou Mthethwa na rádio nacional.
Creio que chegou a hora de o governo e as diversas autoridades pertinentes se darem conta de que enfrentamos um enorme problema de conflitualidade na cidadania, disse o ministro.
Em sua opinião, "estamos sentados sobre una bomba relógio e nós todos, responsáveis estatais, temos que fazer algo, isto é um dever de nossa consciência".
Cerca de 13 mil protestos populares ou manifestações públicas tiveram lugar em todo o país no ano passado, entre os quais 1.882 redundaram em fatos violentos e causaram vítimas fatais.
Durante o último mês, manifestações de rua exigindo melhores serviços públicos ou reivindicações trabalhistas ocorreram em bairros de Johannesburgo, Cidade do Cabo, Port Elizabeth, e nas províncias de Limpopo, North West e Western Cape.
Nesta recente onda de protestos de comunidades em todo o país morreram pelo menos oito pessoas somente no mês de janeiro, algumas durante ações repressivas da polícia.
Há duas semanas, o governo da África do Sul confirmou a entrada em vigor de uma nova Lei de Armas Perigosas, promulgada para fazer frente à posse de armamentos durante reuniões públicas e manifestações de massas.
Segundo um comunicado oficial, esta lei revoga uma legislação de abril de 1994 e tipifica como delito o ato de portar uma arma em público com a provável intenção de cometer uma ação ilícita.
Na classificação dos artefatos proibidos, a lista policial inclui facas, navalhas, espadas, adagas, soqueiras, lanças, perfuradores, punhais, machados, martelos, pés de cabra, entre outros.
Prensa Latina