CTB promove "rolezinho" para ouvir trabalhadores

 Na manhã desta quarta-feira (29), os dirigentes da CTB nacional e estadual estiveram na porta do prédio do banco Itaú, no bairro do Cambuci, na capital paulista, para conversar com os bancários e entregar uma edição da Revista Visão Classista, uma produção própria que versa sobre o mundo do trabalho e sindical.

Rolezinho da CTB

O objetivo da atividade, que faz parte do calendário apelidado de “rolezinho”, foi divulgar a Campanha “Vista essa camisa, venha para a CTB” e conhecer de perto as dificuldades enfrentadas pela categoria.

“Fomos levar o nosso apoio e divulgar nossa campanha, que visa fortalecer o elo com o trabalhador que está no chão da fábrica, no local de trabalho, para conhecer as especificidades de cada categoria e, dessa forma, direcionar a nossa luta. Essa é uma iniciativa que todo sindicalista deveria ter”, ressaltou Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP.

Para o presidente nacional da Central, Adilson Araújo, que avalia positivamente a visita, iniciativas como essa são fundamentais para melhorar a interlocução com os trabalhadores. "A receptividade foi muito boa, o que nos anima a continuar com esse projeto. Queremos ouvir os trabalhadores. Os bancários, por exemplo, compõem uma das categorias que mais sofre com o assédio moral e a pressão por metas. Sem contar as constantes ameaças de demissões, que agravam as já precárias condições de trabalho”, afirmou o Araújo, que também é bancário.

Bancários e o assédio

A categoria bancária passou, nas últimas décadas, por um conjunto de transformações que alteraram expressivamente a organização do trabalho e aumentaram as exigências sobre o trabalhador. Longas jornadas, pressão por metas e assédio moral passaram a fazer parte do cotidiano dentro das agências.

O assédio moral, um dos grandes problemas enfrentados por bancários de todo país, é uma prática perversa e que traz consequências sérias para vida do trabalhador em vários aspectos, entre ele o familiar.

O problema atinge 66% dos bancários, segundo consulta a 27.644 trabalhadores feita em 2011 e a forma mais conhecida por todos é da chefia para o subordinado. Entretanto, a agressão pode acontecer também entre pessoas que ocupam o mesmo posto dentro de uma empresa.

Para bancário cetebista, Onisio Paulo Machado, dirigente do Sindicato dos Bancários, a atividade cumpri seu papel de levar informação à categoria. “Nesse polo temos em torno de 5 mil trabalhadores que conheceram um pouco mais as nossas bandeiras, que incluí o combate ao assédio moral, uma preocupação constante do Ramo Financeiro da CTB, composto por bancários”, garantiu o sindicalista.

A próxima atividade, marcada para acontecer nesta sexta-feira (31), na porta da General Motors (GM), em São Caetano foi transferida para a próxima quarta-feira (05), às 14h.

Fonte: Portal CTB