Nigéria informa a morte de 15 pessoas em ataques do Boko Haram

Ao menos 15 pessoas foram mortas e centenas abandonaram suas casas na Nigéria, como consequência dos ataques perpetrados pelo grupo armado e extremista Boko Haram, segundo informaram as autoridades nacionais e testemunhas locais nesta segunda-feira (20).

Boko Haram - OSBC

Gideon Jibrin, porta-voz da polícia do estado de Borno, no noroeste do país africano, informa que ao menos sete pessoas foram mortas a tiros na quinta-feira (16) e outras três afogaram-se enquanto fugiam, quando homens armados, supostamente membros do grupo Boko Haram, assaltaram a comunidade fronteiriça de Gashigar.

Os habitantes denunciaram que este tipo de ataque é realizado com frequência, já que as forças de segurança não têm presença na região.

Quatro dias antes, atacantes queimaram casas e tendas de duas vilas próximas, com um saldo de cinco mortos, segundo uma autoridade local, Alhaji Talba Gashigar.

Gashigar pediu às autoridades nigerianas o respaldo aos grupos locais de vigilância, que atuam como forças de segurança na zona, para combater os membros do Boko Haram, um grupo extremista, que usa a violência para disseminar a sua interpretação do Islã, e que tem grande atuação no nordeste da Nigéria, norte de Camarões e sul do Níger, na região oeste do continente africano.

Desde 2009, quando seu líder Mohamed Yussuf foi morto pela polícia nigeriana, o grupo armado desencadeou uma campanha violenta que já cobrou mais de três mil vidas.

Sua bandeira principal é o combate contra a “ocidentalização” e a luta pelo estabelecimento da sharia (lei islâmica estrita). O nome "Boko Haram" refere-se à expressão de que a educação ocidental, ou não islâmica, é pecado. Na Nigéria, as regiões em que o grupo atua estão em estado de emergência.

O setor da Segurança Nacional nigeriana tem mantido a "cooperação" no combate ao terrorismo com outros governos africanos, europeus e do Oriente Médio, assim como com a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) e com Comando Africano dos Estados Unidos (Africom).

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências