Operações de mineradora dos EUA são suspensas na Colômbia 

A mineradora multinacional Drummon, norte-americana, terá que suspender imediatamente as suas operações no porto colombiano de Santa Marta, até que tenha a infraestrutura estipulada pelo país para a carga e descarga de carvão. A Corporação Autônoma Regional do departamento de Magdalena (Corpomag), no norte do país, tomou a decisão nesta sexta-feira (3), diante de não cumprimento da lei 1450, de 2011, pela Drummond.

Segundo a legislação, todos os portos do país – a partir de 1º de janeiro de 2014 – são obrigados a realizar a carga direta do minerial através de transportadoras, ao invés de barcas, para evitar os riscos de contaminação e vazamento ao mar.

A autoridade ambiental assinalou que, ao inspecionar as instalações da multinacional, com o fim de verificar o cumprimento da medida da carga direta, comrpvou que a empresa estava operando sem a infraestrutura devida, o que constitui uma violação da lei.

Em sua resolução, a Corpamag pontuou a sua competência para tomar esta medida preventiva, conforme o estipulado pela lei 99 de 1993, com vista a impedir o não cumprimento de um dever legal. Também ressaltou que a violação de uma medida preventiva imposta por ela configurará “uma causal de agravamento.”

Já a Drummond afirmou que não teria em marcha o novo sistema até o mês de março, e alegou, como pretexto, a greve de 52 dias dos trabalhadores da empresa, afrontado durante os primeiros meses de 2013.

Com matriz norte-americana e sede na cidade estadunidense de Alabama, a multinacional carvoeira trabalha na ampliação do seu molhe de 2,4 quilômetros mar adentro, que, além da carga direta, lhe permitirá aumentar a exportação do mineral de 23 milhões a 40 milhões de toneladas.

A companhia enfrentou um processo investigativo, em 2012, da promotoria colombiana, pelo dano ecológico e a contaminação ambiental da baía de Santa Marta, depois de derramar cerca de 500 toneladas de carvão, para evitar que uma das suas barcas afundasse.

O governo colombiano multou a Drummond em 6,965 bilhões de pesos (8,5 milhões de reais), cifra considerada irrisória pelos setores políticos, sociais e ambientais do país.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho