Incidentes violentos agravam tensão no Camboja

A tensão política aumentou neste sábado (4) no Camboja após os confrontos entre forças policiais e trabalhadores têxteis que exigem aumentos salariais. Segundo órgão da polícia três pessoas acabaram morrendo nos incidentes.

O vice-delegado de polícia de Phnom Penh, Chuon Narin, indicou que o número de mortos e informou também que há um grande número de feridos, entre eles alguns que se machucaram nas instalações da fábrica de roupas Canadia Industrial.

Chun explicou aos meios que recorreu a "medidas extremas" depois que disparos para o ar não afastaram os trabalhadores. Segundo ele, os manifestantes lançavam pedras, garrafas e outros objetos.

Anteriormente o porta-voz da polícia militar, general Khen Tito, expôs o temor de que a situação apresentada saísse do controle, já que os grevistas bloquearam a circulação em algumas avenidas.

Cerca de 350 mil trabalhadores a mais de 500 fábricas de confecções protagonizam desde o 25 de dezembro uma paralização, reivindicando um aumento de salário mínimo maior do que o decretado recentemente pelo governo, de US$ 80 a US$ 100 mensais, substituindo-o por um salário de US$ 160 mensais.

O Partido do Resgate Nacional (PRN), na oposição e que coordena os protestos, procura estabelecer diálogo com o partido Partido do Povo (PP), no governo, e uma reunião entre seus respectivos líderes, Sam Rainsy e o premiê Hun Sen em torno de uma reforma eleitoral.

De acordo com o porta-voz do ministério de trabalho, Heng Sour, 80% dos empregados do setor de confecções já voltaram ao trabalho, mas a tensão mantém-se e parece afastar-se da oportunidade de diálogo entre as forças políticas rivais.

Fonte: Prensa Latina