Tailândia vive tensão com ameaça de golpe de Estado

A Comissão Eleitoral da Tailândia expressou, nesta sexta-feira (27) o otimismo de que os partidos políticos em conflito dialoguem e pavimentem o caminho para a urnas para resolver a atual crise. Enquanto isso, o exército mantém a porta aberta para um eventual golpe de Estado.

Ontem, uma proposta do Exército de adiar as eleições convocadas para o dia 2 de fevereiro recebeu a rejeição do partido governante Pheu Thais, apesar dos recentes confrontos entre policiais e opositores, onde em um deles um agente morreu e centenas ficaram feridos.

Na opinião do vice-primeiro ministro Phongthep Thepkanjana, atrasar as eleições causará mais violência além do que, fazê-lo, implicaria violar regulações legais.

No entanto, o membro da Comissão Eleitoral, Somchai Srisuthiyakorn acha que ainda há tempo para encontrar uma resolução e um entendimento que permita a Tailândia levar adiante eleições frutíferas e construtivas.

Perante o ponto morto em que se encontra a disputa entre o Pheu Thais e o Partido Democrático, o chefe do Exército, general Prayuth Chan-ocha, chamou as partes a que se contenham sem descartar a possibilidade de uma intervenção golpista.

"A porta nem está, nem fechada, dependendo da situação" declarou aos repórteres locais, para reiterar um pedido anterior feito aos setores em disputa a que deixem de exigir que o Exército tome partido por um ou outro, e o coloquem no centro do conflito.

Por outro lado, o chefe do Centro de Administração para a Paz e a Ordem, Surapong Tohvichakchaikul, realizou uma reunião com o Comandante Supremo das Forças Armadas, general Tanasak Patimaprakorn, para tratar da segurança dos candidatos às eleições, diante da ameaça de mais violência prévia.

Fonte: Prensa Latina