Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes termina no Equador

O 18º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes terminou nesta sexta-feira (13) em Quito, capital do Equador, após uma semana de debates e intercâmbios de ideias entre milhares de jovens de aproximadamente 90 países.

O encerramento do evento organizado pela Federação Mundial da Juventude Democrática foi no Parque Bicentenário, local que antes ocupava o antigo aeroporto de Quito.

Durante os sete dias do festival, mais de 10 mil jovens de todos os continentes se encontraram no Equador para discutir sobre políticas públicas voltadas à juventude, o acesso e a democratização da educação pública de qualidade, saídas para as crises econômicas que atingiram o sistema capitalista e soluções alternativas para o desenvolvimento e soberania dos povos e nações de todo o mundo.

Como em edições anteriores, foi realizado um tribunal para julgar o imperialismo pelos crimes cometidos contra os povos do mundo.

A corte popular deu dois dias para receber todas as demandas apresentadas pelos jovens, e que abarcaram desde a ingerência norte-americana na Venezuela, o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, e a ocupação britânica das Malvinas, até as denúncias de fraude eleitoral em Honduras e o terrorismo de Estado na Colômbia.

Também se demandou a independência do Porto Rico e a liberdade para os presos políticos dessa ilha caribenha, transformada em um Estado livre associado dos Estados Unidos.

O Equador, por sua vez, expôs o caso da multinacional estadunidense Chevron, que se nega a indenizar milhares de equatorianos pelo prejuízo ambiental que sua filial Texaco provocou na Amazônia do país andino.

O veredito de culpabilidade foi lido pelo presidente do tribunal, o advogado argentino Beinusz Izmukler, e no texto insta-se aos povos a conseguir que os autores materiais desses atos sejam julgados e condenados, e se declara persona non grata os políticos dos estados considerados agressores.

A 18ª edição do Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, quarto realizado na América Latina após os dois realizados em Cuba (1978, 1997) e Venezuela (2005), esteve dedicada ao desaparecimento físico do presidente Hugo Chávez, ao líder da Revolução liberal equatoriana, Eloy Alfaro, e ao independentista ganês Kwane Nhkrumah.

Veja o vídeo realizado pela União Nacional de Estudantes (UNE) sobre o evento.

Com informações da Prensa Latina