Ortega pede fim do bloqueio a Cuba e valoriza eleição venezuelana

O presidente de Nicarágua, Daniel Ortega, convidou a seu homólogo estadunidense, Barack Obama, a dar um passo histórico de acabar com bloqueio contra Cuba e valorizou as recentes eleições em Venezuela , durante um pronunciamento realizado nesta terça-feira (10), em Manágua.

Ortega pede fim do bloqueio a Cuba e valoriza eleições - AP

Ao intervir na graduação de novos oficiais para o Exército, Ortega qualificou Cuba como nação fraterna, de José Martí e Fidel Castro. O mandatário lembrou que o país caribenho vive os rigores do bloqueio econômico, financeiro e comercial por parte de Washington, mesmo com a condenação universal ratificada recentemente pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

O dirigente da Frente Sandinista de Libertação Nacional apresentou essa demanda no contexto da homenagem internacional ao líder africano Nelson Mandela, ao qual assistiram Obama e o presidente cubano, Raúl Castro. 

Também recordou que o chefe da Casa Branca tem em suas mãos o poder de pôr fim a prisão dos antiterroristas cubanos, julgados ilegalmente nos Estados Unidos – conhecido como caso dos "Cinco": Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerreiro e René González (o único saiu já da prisão).

O chefe de Estado nicaraguense estimou igualmente a vitória obtida pelo Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) nas eleições municipais do último domingo (8), mesmo com intensa guerra mediática.

"Vinham tratando de estabelecer como verdade uma grande mentira: que a Revolução Bolivariana se derrubava, e que o golpe de morte da Revolução Bolivariana iam ser estas eleições municipais do passado 8 de dezembro", comentou. Mas "o resultado foi uma vitória mais do povo bolivariano", e isso demonstra que Hugo Chávez não arou em rocha dura, mas sim o coração dos venezuelanos, complementou.

O sucesso do PSUV representou uma grande vitória para nossos povos, porque os que procuram destruir o caminho de liberdade, justiça e paz para a nação venezuelana, "apostam que se destruindo esse processo vão destruir os outros processos de liberdade" na América Latina e o Caribe, opinou.

Fonte: Prensa Latina