Juventude de todos os continentes se encontra no meio do mundo

Chuva, desfile das delegações internacionais, homenagem a Mandela e feira da amizade dão início a festival no Equador. Debaixo de uma chuva fria, o presidente equatoriano, Rafael Corrêa, abriu oficialmente na tarde do último sábado (7), na capital do país, Quito, o 18º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes.

Por Rafael Minoro, de Quito para o site da UJS

Juventude de todos os continentes se encontra no meio do mundo - FMJE e João Dias/UNE

A já tradicional cerimônia teve desfile e marcha das delegações dos 90 países que participam do encontro. O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, que morreu na última quinta-feira (5), foi homenageado. O Brasil, com 100 delegados, está representado pela presidentas da União Nacional dos Estudantes (UNE), Vic Barros, e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Luana Bonone, entre outros diretores das entidades e integrantes de juventudes sindicais e partidárias.

A estudante brasileira Talita Monção faz parte do comitê organizador do Festival, que conta com trinta países. Ela está morando há quase dois meses no Equador e contribuiu para que tudo desse certo nesse que é o maior encontro da juventude mundial. Para ela, o que se busca em Quito são alternativas diferentes para um mundo em que os jovens sejam protagonistas das transformações sociais em cada continente.

O diretor de Relações Internacionais da UNE, Tahuan Fernandes, que está em Quito compondo a delegação brasileira, destaca o papel fundamental do Brasil para garantir a unidade dos povos latinos e a unidade das entidades representantes dos estudantes na América Latina. “Estamos aqui para discutir e avançar nesse novo período de desenvolvimento por qual passa o nosso continente com a eleição de governos progressistas. Temos que garantir a continuidade desse processo com a juventude na linha de frente dos avanços.”

O 18º Festival da Juventude ocorre no Parque Bicentenário da capital equatoriana, um antigo aeroporto que está totalmente ocupado por tendas de debates, barraquinhas com comidas típicas e artes regionais. Essa edição do festival homenageia o líder da Revolução liberal do Equador, Eloy Alfaro; o falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o independista ganês Kwane Nhkrumah. Por todo o parque se vê também imagens de figuras importantes da política e da cultura equatoriana, como o pintor Oswaldo Guayasamín.

O Festival dedica cada dia a um continente. No domingo, a Europa foi tema das mesas de debates e reuniões entre as juventudes. Nesta segunda, será o Oriente Médio. Terça-feira a África e quarta-feira a Ásia e o Pacífico. Na quinta será o dia da América e na sexta, fechando o festival, o dia do Equador.