Começa neste sábado no Equador Festival Mundial da Juventude
Cerca de 10 mil jovens de mais de uma centena de países participam do 18º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, que tem início neste sábado com uma grande passeata nas ruas de Quito, capital do Equador,a partir do Parque Bicentenário.
Publicado 07/12/2013 09:05
O presidente da República Rafael Correa, participará do ato de inauguração do Festival, assim como o prefeito de Quito, Augusto Barrera, ministros e várias personalidades estrangeiras, entre elas a presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes.
O Festival, que se realiza pela quarta vez na América Latina depois dos que ocorreram em Cuba (1978 e 1997) e Venezuela (2005), é dedicada ao líder da Revolução liberal equatoriana, Eloy Alfaro, ao presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 5 de março deste ano e ao líder independentista ganês Kwane Nhkrumah.
A agenda do encontro que se estenderá até a próxima sexta-feira (13) inclui debates sobre temas da atualidade, como a paz na Colômbia, a situação dos estudantes no Chile e o processo da Revolução Cidadã no Equador.
Como é habitual nestes festivais que começaram em 1947 na antiga Tchecoslováquia, se instalará o Tribunal Anti-imperialista para denunciar e julgar os crimes do imperialismo.
Entre os casos a julgar destaca-se o da petroleira estadunidense Chevron, que se nega a assumir a responsabilidade pela contaminação que sua filial Texaco provocou na região amazônica equatoriana.
O bloqueio unilateral imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de cinco décadas também estará no banco dos réus.
A delegação cubana, uma das mais numerosas depois da equatoriana, pretende também socializar entre os jovens do mundo o caso de cinco cidadãos da ilha caribenha que foram presos em 1998 em Miami, por monitorar os grupos terroristas anticubanos radicados no sul da Flórida.
Entre os participantes se encontra o jovem cubano Elián González, que 13 anos atrás foi centro de uma disputa jurídica entre Washington e Havana, depois de sobreviver a um naufrágio no Estreito da Flórida no qual sua mãe morreu.
Resgatado por um pescador, o menino Elián foi entregue a parentes distantes de Miami, que pretenderam obter a guarda do menor, sem o consentimento de seu pai, residente na ilha, mas a Justiça estadunidense ordenou seu regresso a Cuba, depois de vários meses de litígio.
Este espaço do Festival é essencial para demonstrar as conquistas da juventude cubana, afirmou Elián à agência Prensa Latina, ao chegar nesta sexta-feira (6) no Equador.
Com Prensa Latina