Araioses e Água Doce: Diálogos destaca desenvolvimento regional

 

Diálogos em Araioses
Incentivo ao turismo e ao beneficiamento do caranguejo foram as reivindicações da população de Araioses e Água Doce, que foram sede do movimento Diálogos pelo Maranhão na noite de sábado (23). Centenas de pessoas estiveram reunidas nestas cidades para recepcionar o movimento, que discute a realidade social do estado.

As cidades de Água Doce e Araioses (Baixo Parnaíba, extremo leste, na divisa do Maranhão com o Piauí), além do imenso potencial turístico, acomodam uma importante atividade econômica: a produção de caranguejo. O município de Araioses se destaca como o maior produtor do caranguejo-uçá do país, e a população reivindica investimentos específicos para o turismo e para a extração e comercialização do caranguejo-uçá.

“Nossa terra é muito rica, cheia de potencialidades. Por que não aproveitar o litoral e as imensas riquezas que a nossa terra dá? As belezas e riquezas da região do Baixo Parnaíba são subaproveitadas ano após ano. Qual o grande projeto dedicado a esta região? Será que vale a pena continuar nesse mesmo caminho?”, questionou Flávio Dino.

Ex-prefeita de Araioses, Luciana Trinta (PSB) destacou que a valorização dos catadores de caranguejo, a geração de renda, a promoção do turismo e o incentivo à economia local são essenciais para o desenvolvimento da região do Baixo Parnaíba.

“Estamos no coração do Delta do Parnaíba, temos potencialidades em diversas áreas, mas precisamos, antes de tudo, ter o reconhecimento de que somos parte do território maranhense. Estamos cansados de nos rastejarmos ao Piauí para conseguirmos algum alívio ou recurso para nossas necessidades”, disse a ex-prefeita.

E continuou: “Não contamos sequer com uma boa trafegabilidade para o escoamento da nossa produção. É um desperdício o que fazem com o Tabuleiro de São Bernardo. Não direcionam investimentos para a geração de emprego e renda e a valorização dos catadores, que não tem sequer a categoria reconhecida. São por esses equívocos e descasos que precisamos mudar”, concluiu a ex-prefeita.

União pelo desenvolvimento

O vice-prefeito de Água Doce, José Wilson (PT), confirmou a importância de um trabalho conjunto entre prefeitura e governo estadual para a promoção e desenvolvimento das potencialidades locais. “Não temos políticas públicas que atenda aos nossos anseios e ajude na promoção do desenvolvimento. Apesar de toda a riqueza natural da nossa região estamos entregues ao descaso, ao abandono”, relatou.

O ex-deputado federal Remi Trinta, também relatou a necessidade de mudar a conduta administrativa, de modo a garantir o desenvolvimento da região. “Um governo que perdura tanto tempo se torna insensível e truculento, ignorando as reais necessidades do povo e os investimentos necessários para garantir o desenvolvimento e o progresso”, avaliou.

“O orçamento prevê um saldo de mais de R$ 1 bilhão por mês. A aplicação correta desses recursos pode e deve promover o desenvolvimento, não só de Araioses e Água Doce, mas de todo o Maranhão. O exemplo já foi dado por nossos vizinhos Ceará, Piauí, Pernambuco, e o Maranhão não vai ficar para trás, também vamos aproveitar todas as nossas riquezas, todas as nossas potencialidades”, concluiu Flávio Dino.

Raimundo Lídio, prefeito de Paulino Neves, destacou a importância dos debates para a construção de um projeto de desenvolvimento do estado. “Estamos aqui para debatermos propostas, avaliarmos aquilo que não está bom e decidirmos por um caminho que nos leve a melhores dias. A partir disso, poderemos melhor aproveitar nossas potencialidades, promovendo nossa região e acompanhando o progresso de outras unidades da federação”.

Expedito (PCdoB), responsável pelo diretório municipal do partido, resumiu os temas debatidos: “é necessário olhar para frente, escolher um novo caminho e traçar uma nova história. Desta vez, de desenvolvimento, de qualidade de vida”. Os deputados estaduais Bira do Pindaré (PSB) e Othelino Neto (PCdoB), além de dezenas de lideranças políticas da região também marcaram presença no evento.

Fonte: Diálogos pelo Maranhão