Nasa lança sonda para descobrir o que deu errado em Marte

A cápsula Maven da Nasa decolou na última segunda-feira (18) sem complicações do Cabo Canaveral, na Flórida, a bordo do foguete Atlas V, rumo a Marte, para estabelecer por que grande parte dos gases que formavam a atmosfera do planeta vermelho se perderam no espaço.

Marte

A chegada da Maven (sigla em inglês de "Evolução Atmosférica e Volátil de Marte"), à órbita marciana está prevista para o final de setembro de 2014, quando começará uma missão que se prolongará durante pouco mais de um ano.

A missão da sonda Maven, de US$ 671 milhões, é a primeira da Nasa destinada a explorar a atmosfera superior de Marte, ao invés de estudar sua superfície seca, destacou a agência espacial americana.

Firmado em dezembro de 2010, o acordo de participação do Brasil no Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory, ESO) foi celebrado pelos cientistas brasileiros. Contudo, Quase três anos depois, no entanto, o projeto, que custará aproximadamente R$ 1,1 bilhão ao longo de 11 anos, ainda espera aprovação do Legislativo. Veja a seguir algumas das instalações do ESO que os brasileiros podem ter aceso.

"Quando a água líquida fluía em abundância em Marte – como demonstram muitos indícios -, o planeta devia ter uma atmosfera mais densa, que produzia gases de efeito estufa, permitindo que o planeta fosse mais quente", disse neste domingo, durante uma coletiva de imprensa, Bruce Jakosky, da Universidade do Colorado (oeste), chefe científico da missão.

"Queremos compreender o que aconteceu, aonde foi a água e o CO2 que antes formavam uma atmosfera densa", acrescentou.

Com Maven, "teremos uma compreensão da história de Marte e seu potencial para a vida, sua habitabilidade, que depende principalmente da história da água e de seu clima".

Mediante análise da dinâmica atual da atmosfera superior de Marte é possível entender as mudanças no tempo do planeta e os efeitos resultantes, segundo o cientista.​

Para esta missão, a sonda Maven conta com oito instrumentos com um total de nove sensores, inclusive um espectrômetro de massas para a determinação das estruturas moleculares dos gases atmosféricos e um sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyzer), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas de Astrofísica e Planetologia (IRAP) de Toulouse (França), que analisará o vento solar na magnetosfera de Marte.

Depois de sua inserção orbital e cinco semanas de calibragem dos instrumentos, a sonda entrará em uma órbita elíptica de quatro horas e meia, o que lhe permitirá fazer observações em todas as latitudes de todas as camadas da atmosfera superior do planeta, com altitude variável de 150 quilômetros a mais de 6 mil quilômetros.

Maven é a segunda missão do programa americano Scout, que consiste em pequenas missões menos onerosas, dedicadas a explorar Marte antes de uma missão tripulada prevista para 2030, segundo planos da Nasa.

Fonte: Portal Terra
Com informações das agências EFE e AFP.