El Salvador estuda ingressar na Aliança do Pacífico

O vice-ministro de Economia de El Salvador, Mario Roger Hernandez, afirmou nesta segunda-feira (18) que El Salvador tem interesse em integrar a Aliança do Pacífico, bloco econômico formado por México, Colômbia, Chile e Peru. Embora El Salvador já seja observador do grupo, Hernández reconhece que isso não deve ocorrer a curto prazo. As informações são jornal salvadorenho La Prensa Gráfica.

"Um dos pré-requisitos que a Aliança estabeleceu para a participação [plena] é que todos os países que façam parte dela devem estabelecer entre eles um tratado de livre comércio. Mas, sim, temos interesse de seguir na Aliança do Pacífico", disse Hernádez, que afirmou que já existe um processo em negociação.

Dos atuais membros que integram a Aliança, o Peru é o único país com quem os salvadorenhos tem um acordo comercial.

“Como todo processo de negociação comercial importante, ele abre certas oportunidades, mas também apresenta elementos que devem ser analisados com bastante cuidado”, disse Hernández.

Por sua vez, Pablo Durán, presidente da Coexport (Corporação de Exportadores de El Salvador), disse que se o país conseguir integrar-se à aliança poderia obter alguns benefícios, especialmente na área de exportação. “Dentro da Aliança, poderemos aproveitar a vizinhança do Oceano Pacífico, que nos permitiria um intercâmbio via marítima dos produtos, intensificando o comércio entre todos os países”, disse Durán.

O empresário disse que, ao entrar nessa zona de livre comércio, o empresariado salvadorenho deverá atender outros mercados e que, para isso, é necessário gerar as condições produtivas para atender a demanda.

Antes de El Salvador, no entanto, o próximo integrante do bloco deverá ser o Panamá. Para isso, ele precisará terminar, ainda este ano, as negociações para fechar um acordo com Colômbia e México. A Costa Rica também tem mostrado interesse em entrar no grupo.

A Aliança do Pacífico é uma iniciativa de integração regional criada em 28 de abril de 2011, cujo objetivo é aumentar o livre comércio entre os membros. Muitos países latino-americanos enxergam nesta aliança uma tentativa não declarada dos Estados Unidos de dividir o continente, enfraquecendo instituições como o Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul) e a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), e de facilitar a abertura dos mercados no continente.

Fonte: Opera Mundi