Movimento Colombianos pela paz aplaude acordos de Havana

O movimento Colombianos e Colombianas pela Paz, fundado pela ex-senadora Piedad Córdoba, recebeu com alegria os novos acordos entre o governo e a guerrilha das Farc e pediu o início das conversações com o ELN.

Em um comunicado difundido na internet, a organização social e política reiterou seu total apoio ao processo de paz, que dentro de duas semanas cumprirá um ano, e convidou novamente o presidente Juan Manuel Santos a incorporar aos diálogos o Exército de Libertação Nacional (ELN).

"Nenhuma solução ao conflito armado será integral se for desconhecido este movimento armado, que reiterou sua disposição de conversar, delegando seus porta-vozes para tal fim", assinala a organização no texto, a qual ratificou seu desejo de continuar contribuindo com suas propostas ao processo.

Depois de expressar sua alegria pelos acordos parciais conseguidos na última quarta-feira (6) o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o movimento assinalou que com estes esforços se percebe a possibilidade de chegar à paz.

É possível conseguir a solução do conflito armado mediante o diálogo sustentado com vontade, generosidade das partes, para que nunca mais a guerra seja o destino de nossa realidade, assinalou.

A organização, que agrupa diferentes setores sociais, sublinhou que são esperados novos tempos de tensões pelo debate eleitoral que se aproxima em face das eleições de 2014.

"Muitos querem usar a mentira, projetar ódio sobre pessoas, continuar a guerra suja com assassinatos e com um discurso que negue aos colombianos a possibilidade de viver em outro tipo de sociedade", manifestou.

Os Colombianos pela paz insistem em uma proposta de acordo parcial entre as partes, por um tempo regulado, que possibilite um cessar das hostilidades, unilaterais ou bilaterais, durante o diálogo.

No dia 10 de outubro passado, esse coletivo anunciou que proporiam à guerrilha um cessar-fogo unilateral como fizeram no período de festividades no fim do ano passado.

O Governo e as Farc informaram terem alcançado um "acordo fundamental" sobre o tema da participação política, que inclui questões como direitos e garantias para o exercício da oposição política, em particular para os novos movimentos que surgirem depois de um acordo final.

Este é o segundo ponto para o qual se consegue resultados na mesa, depois da assinatura de acordos no tema do desenvolvimento agrário integral, em maio deste ano.

Prensa Latina