China insta envolvidos na questão nuclear coreana a dialogar

Porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei afirmou, nesta quinta-feira (7), em coletiva de imprensa, que todos os envolvidos na questão nuclear da Península Coreana devem voltar ao diálogo e à consulta o mais rápido possível. Enquanto isso, esforços pela reunificação coreana são enfatizados pelos dois lados, embora a associação militar da Coreia do Sul aos Estados Unidos ainda represente entraves.

Negociações sobre questão nuclear coreana

Hong ressaltou a necessidade urgente de criar condições para a retomada das negociações do sexteto sobre a questão nuclear coreana. Os integrantes dos diálogos são o Japão, os Estados Unidos, a República da Coreia (do sul), a República Popular Democrática da Coreia (do norte), a Federação Russa e a República Popular da China.

Os representantes japonês, sul-coreano e norte-americano encontraram-se recentemente nos EUA e afirmaram que vão retomar as negociações do sexto, assim que a Coreia Popular revelar “uma vontade sincera de se desnuclearizar”.

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Promover o desarmamento nuclear da Península Coreana e salvaguardar a paz e estabilidade da região não só corresponde aos interesses comuns de todos os envolvidos, mas também são da responsabilidade comum de todas as partes.

A China declarou que pretende envidar esforços, junto com outras partes, para promover o processo de negociações do sexteto, cumprir plenamente a declaração conjunta de 2005 e concretizar a paz e estabilidade da Península Coreana e do Nordeste Asiático.

A iniciativa foi lançada em 2003. Em setembro, a China havia afirmado que a RPDC assegurava a sua disposição para a retomada das negociações, estagnadas desde 2008. Em outubro, todos os envolvidos, exceto a Coreia Popular, encontrariam-se na Coreia do Sul.

Tanto a China quanto a RPDC têm pressionado pela retomada do processo com o objetivo do desarmamento nuclear da península, mas os EUA, o Japão e a Coreia do Sul exigem que Pyongyang iniciem o processo de desmantelamento do seu programa nuclear com verificação estrangeira.

Diálogos bilaterais na Coreia

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul publicou, nesta quinta (7), um plano básico das políticas sobre as relações com a RPDC para o período entre os anos 2013 e 2017, e o documento já foi entregue ao Congresso sul-coreano.

Segundo informações avançadas pela mídia da Coreia do Sul, o objetivo essencial do plano é aumentar a confiança mútua entre as duas partes da Península Coreana e impulsionar a reunificação de ambos os lados, um empenho ao qual a Coreia Popular já vem pedindo dedicação de forma reiterada.

O plano ainda pretende impulsionar o desenvolvimento dos intercâmbios e cooperações entre os dois países e promover a prosperidade no Nordeste Asiático para, inclusive, a proteção da paz mundial. A Coreia Popular e a Coreia do Sul ensaiam diálogos e tomam medidas políticas para a melhoria das suas relações frequentemente, com períodos de distanciamento.

Embora apele para a reaproximação coreana de forma contínua, a RPDC não deixa de denunciar a ameaça percebida pelos exercícios militares que os sul-coreanos realizam com os EUA na região. A influência estadunidense na política regional é historicamente devastadora, com papel direto desde a divisão da Coreia, no período pós-Segunda Guerra Mundial.

Com agências,
Da redação do Vermelho