Lixo tecnológico vira matéria-prima para jovens baianos

Através de atividades culturais, educacionais e ambientais, a Associação Fábrica Cultural apoia e desenvolve ações para defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente na região da Península de Itapagipe, em Salvador. Desde 2008, a Fábrica, Organização Social (OS) sem fins lucrativos, mantém um empreendimento econômico solidário de metareciclagem do lixo tecnológico, que beneficia 2.880 pessoas entre 18 e 30 anos.

Os alunos do Núcleo Metacentro da Associação Fábrica Cultural, que funciona no bairro de Jardim Cruzeiro, em Salvador, estão comemorando a chegada de um lote de material inservível de informática, com 100 monitores, 54 CPUs (serão 150 no total), 38 impressoras, 22 teclados e 20 estabilizadores, doados pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). A OS foi selecionada pelo edital 008/2012 da Setre, na área de reciclagem.

Nesta terça-feira (29/10), a secretária do Trabalho em exercício, Olívia Santana, esteve nas aulas práticas da Fábrica Cultural. “A doação foi muito positiva, dentro da concepção de sociedade sustentável que o Governo do Estado estimula. São ações concretas, iguais a esta, que alimentam o trabalho social realizado entre os jovens, por Organizações Sociais das quais somos parceiros diretos”, justifica.

Perspectivas

Aluno do projeto, Elton Silva afirma que “os resultados do aprendizado, em sala de aula, estão sendo excelentes e abrindo novas perspectivas de vida. Agora mesmo, estamos aprendendo a customização dos gabinetes de micros, que serão utilizados no nosso Centro Digital de Cidadania (CDC) a ser inaugurado na próxima semana”, garante.

Já o coordenador do projeto, Kleber Freitas, informou que a matéria-prima de trabalho dos jovens é o lixo eletrônico reciclado, que abre novas oportunidades de geração de emprego e renda para todos. De acordo com a professora Magali Costa, que desenvolve as aulas de artesanato com o lixo eletroeletrônico, os jovens estão bastante entusiasmados com essa nova perspectiva de aprendizado.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro