Colômbia: "Sociedade é determinante no processo de paz"

O chefe da equipe do governo colombiano no diálogo com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), Humberto de la Calle, afirmou durante um ato público em Bogotá, que a contribuição da sociedade civil organizada é determinante para o processo de paz. 

"A contribuição dos colombianos na etapa de reinserção, de reconciliação e na geração de organizações e forças sociais que atuem no seio da sociedade é decisivo", sustentou De la Calle ao referir-se às negocições.

Segundo ele, "a paz não se consegue só na mesa de conversa com a força insurgente, que acontece em Cuba, mas também se constrói no país".

Para o representante do governo colombiano, "nada seria historicamente mais reprovável do que, por ventura, conseguirmos um acordo em Havana, este ser emperrado por nossas divisões internas. É o momento de dizer: a paz acima das diferenças".

De la Calle destacou que a unanimidade não é possível, nem desejável, mas ressaltou que os argumentos daqueles que se opõem ao diálogo também enriquecem as discussões e inclusive são úteis para a mesa. Contudo, disse que as partes não podem ficar presas a isso.

"Não se trata de dominar o outro, mas todos devemos nos comprometer a acatar as regras do jogo, necessárias para superar nossas divergências", sublinhou.

Em 19 de novembro de 2012 o governo colombiano e a guerrilha começaram o diálogo com base em uma agenda de cinco pontos e, até o momento, já conseguiram acordos parciais. No primeiro deles, o desenvolvimento agrário integral, para pôr fim a mais de cinco décadas de conflito armado.

Depois de um curto recesso, na próxima quarta-feira (30) ambas as partes empreenderão a décima sexta rodada de conversa com o tema da participação política no centro dos debates.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina