Reformas econômicas e sociais são debatidas pelo PC Chinês

Temas cruciais como os econômicos e sociais, assim como o aprofundamento das reformas figuram no centro da 3ª Plenária do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), que acontecerá em novembro, de acordo com analistas citados nesta segunda-feira (21) pelos meios de comunicação chineses.

Xi Jinping - Reuters

A celebração desta reunião, no próximo mês, terá grande relevância para o futuro do país asiático, e tem sido analisada por vários especialistas, que consideram necessário solucionar temas cruciais para as reformas que a nova liderança realiza.

As mudanças e o impulso a outras começaram com a eleição, em novembro de 2012, de Xi Jinping como secretário-geral do PCCh, e quatro meses mais tarde, como presidente da China, confirmado pela Comissão Militar Central.

Desde então, as autoridades chinesas encontram-se centradas em um combate sustentado contra a corrupção, contra a burocracia, os gastos supérfluos, a eliminação de práticas extravagantes, os chamados à austeridade e ao maior contato com a população.

Ao abordar as próximas discussões do Comitê Central, o jornal China Daily noticia, nesta segunda, que os rumores de mais reformas para facilitar uma nova rodada de expansão econômica circulam como principais enfoques da próxima reunião dos dirigentes do PCCh.

Entretanto, o diário comenta que ainda existem muitas questões sobre o grau de consenso a ser logrado pelos líderes sobre essas iniciativas, e sobre quais delas poderão ser realizadas.

Uma pesquisa realizada pela internet no sábado (19), respondida por 1,1 milhão de chineses, revelou que 91% deles considera que a economia deve deixar de depender das exportações e dos investimentos e iniciar reformas dos verdadeiros problemas e preocupações da sociedade.

Por outro lado, o jornal assinala que, a pesar do chamado unificado a favor da transição do modelo de desenvolvimento chinês, as opiniões estão divididas sobre os mais de 200 integrantes do Comitê Central conseguirem chegar a um acordo sobre as reformas.

Na pesquisa, só 43% dos que responderam expressou convencimento sobre as reformas serem aprovadas na conferência do partido em novembro, enquanto 52% mostrou pessimismo e considerou que a situação ainda é complicada e que as reformas não podem impulsionar-se neste momento.

Especialistas citados pelo China Daily opinam que o momento pede reformas do setor financeiro, circulação da terra, redistribuição dos impostos e dos recursos que mantêm a subida dos preços, assim como outras vinculadas à segurança social e ao registro da propriedade para elevar a urbanização.

O professor Wu Hui, da escola do Comitê Central do PCCh, disse que a esperança de que se adote um plano de mudança é alta porque já há muitas reformas em curso, que demonstram a determinação e a capacidade da direção superior de conseguir êxitos.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho