Movimentos fazem "semana de lutas" pelo transporte público em São Paulo
Começou na madrugada desta segunda-feira (21), com uma manifestação no bairro do M'Boi Mirim, na zona sul de São Paulo, a “Semana de Luta por Transporte Público” na capital. Organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) em conjunto com coletivos regionais da cidade, a jornada tem protestos marcados para quarta (23) e quinta-feiras (24). E será encerrada com uma passeata pelo centro, na sexta-feira (25), com concentração no Teatro Municipal, às 17h.
Publicado 21/10/2013 13:46
“Desde 2005, fazemos manifestações em todo país na semana do 26 de outubro para marcar essa data como uma ocasião de luta por um transporte verdadeiramente público, sem tarifa e gerido sob controle popular”, afirma o MPL, em nota, lembrando que a data remete à "Revolta da Catraca", mobilização contra o aumento da tarifa em Florianópolis, em 2004, que está nas origens do movimento.
O mote principal da Semana de Lutas e do protesto que será realizado no centro de São Paulo é a tarifa zero. Ao longo da semana, porém, as manifestações terão outros alvos.
O ato de hoje (21) interditou a Estrada do M’Boi Mirim, entre as 4h50 e as 9h. De acordo com a Agência Brasil, cerca de 300 manifestantes participaram do protesto, que pedia o retorno de linhas de ônibus que servem a região e teriam sido suspensas pela prefeitura. Eles pediam também a duplicação da Estrada do M’Boi Mirim.
Na quarta-feira (23), a passeata ocorre nos bairros de Grajaú, Varginha e Parelheiros, também na zona sul da capital. O movimento pede criação de linhas circulares entre os bairros com funcionamento 24 horas, volta das linhas diretas bairro-centro e construção das estações de trem nos terminais Varginha e Parelheiros. Atualmente, a malha ferroviária chega até o Grajaú.
O retorno das linhas que ligam os bairros até o centro também estão entre os motivos da passeata convocada para quinta-feira (24) no Campo Limpo, outro distrito da zona sul.
O MPL de São Paulo foi um dos responsáveis pelas manifestações de junho. O movimento, porém, se retirou da cabeça da mobilização logo depois da redução da tarifa do transporte público na cidade, que baixou de R$ 3,20 para R$ 3 no dia 20 daquele mês. Mas voltou a convocar manifestações pontualmente: por exemplo, contra o “sufoco” no Metrô e na CPTM depois das denúncias de formação de cartel no governo do estado.
Fonte: Rede Brasil Atual