Índia e Rússia ampliam acordos técnico-militares e comerciais

O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, analisam a cooperação técnica-militar entre os seus países nesta segunda-feira (21), em Moscou, durante um encontro para a assinatura de novos acordos bilaterais.

Putin e Singh - Reuters

Putin e Singh negociarão acordos no âmbito da 14ª Reunião anual Rússia – Índia, cujo antecedente imediato foi celebrado em dezembro de 2012, em Nova Délhi, com a participação do presidente russo.

Durante a visita do premiê indiano à Rússia devem ser assinados diversos acordos de cooperação militar, em particular sobre o aluguel com direito à compra (leasing) de um segundo submarino nuclear russo, segundo a agência RIA Novosti.

Uma primeira unidade deste tipo, o Chakra (antigo Nerpa, na Rússia) foi entregue ao Exército indiano em 2012.

Diversos meios de comunicação russos noticiaram que Putin e Singh assistirão à assinatura de um contrato para a construção do terceiro e quarto reatores nucleares, por técnicos da Federação Russa, na central átomo-elétrica de Kudankulan.

Na semana passada, vice-ministra indiana de Relações Exteriores, Sujatha Singh assegurou que o seu país conta com a rápida assinatura de um acordo para a construção dessas unidades, em Kudankulan.

Trata-se de uma central que simboliza a estreita colaboração da Índia com a Rússia no campo da energia nuclear, de acordo com Sujatha, em declarações à rádio Eco, de Moscou.

Singh evocou com otimismo a construção, em junho, do primeiro bloco da planta, operada por especialistas indianos, com assessoria russa, e expressou confiança em que o segundo estará concluído no primeiro semestre de 2014.

Durante a sua estadia em Moscou, o primeiro-ministro indiano prestará atenção também às perspectivas de investimento de corporações russas no setor das telecomunicações e no corredor industrial Nova Délhi – Bombaim, de acordo com fontes locais.

O montante do comércio entre a Rússia e a Índia ultrapassa os 11 bilhões de dólares, e para 2015 Moscou e Nova Délhi esperam incrementá-lo até 20 bilhões de dólares, segundo fontes governamentais de ambas as partes.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho