ONU: Erradicação da pobreza ainda é desafio pendente

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, instou nesta quinta-feira (17), no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a fazer mais pelas centenas de milhões de seres humanos que sofrem esse flagelo. 

"Necessitamos fazer mais para escutar e atuar a favor dos que com frequência são ignorados: as pessoas que vivem na pobreza, e em particular entre elas os indígenas, os idosos, os deficientes, os migrantes, as minorias e os desempregados", assinalou em uma mensagem pelo transcurso da data.

O secretário-geral da ONU precisou que a materialização do futuro de progresso pretendido pela comunidade internacional passa pelo apoio aos marginalizados em sua luta para escapar da pobreza e construir uma vida melhor.

Ban Ki-moon recordou que mais de 1,2 bilhão de pessoas – entre as quais 400 milhões são crianças – permanecem na extrema pobreza no planeta, e muitos continuam sem acesso a adequadas condições de saúde, higiene, educação e moradia".
Nossas conquistas na redução da pobreza não podem esconder esta realidade, expôs, a propósito dos avanços experimentados no cumprimento desse objetivo do milênio, uma das oito metas fixadas há 13 anos para 2015.

A esse respeito, afirmou que para a ONU representa uma prioridade alcançar esses objetivos traçados na chamada Cúpula do Milênio de Nova York, em 2000, assim como o estabelecimento de uma agenda de desenvolvimento sustentável depois de 2015, que garanta a continuidade das metas contra a pobreza e pela inclusão social.

O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza se realiza nas Nações Unidas desde 1993, por mandato de sua Assembleia Geral, embora em 1987 tenham começado a ser comemoradas no mundo jornadas com esse propósito.

Na sede principal da ONU, em Nova York, em seus escritórios de Genebra e em cidades que acolhem organismos especializados estão previstas atividades para chamar a atenção sobre o fenômeno, campanha que também se desenvolve nas redes sociais.

A propósito da comemoração do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a relatora especial das Nações Unidas para a Extrema Pobreza, Madalena Sepúlveda, pediu que seja impulsionada com urgência a igualdade de gênero e que seja reconhecido o trabalho que as mulheres realizam em casa.

É inaceitável que no século 21 não se dê a devida importância ao aporte social e econômico desse trabalho, o que deixa as mulheres mais vulneráveis à pobreza, disse.
Por sua parte, o diretor geral da Organização Internacional do Trabalho, Guy Ryder, instou os países a não permanecerem indiferentes diante da exclusão que sofrem os seres humanos afetados pela pobreza.

Necessitamos de mudanças e de uma maior responsabilidade coletiva com os pobres e os mais vulneráveis, assinalou.

Prensa Latina