Frente Sandinista faz aliança para próximas eleições na Nicarágua

O governante Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) na Nicarágua estabelecerá alianças com outros partidos, movimentos políticos e sociais do país para as próximas eleições regionais em março de 2014. A aliança, Unida Nicarágua Triunfa 2013, proposta nesta terça-feira (15), incluirá em suas listas de candidatos a igual número de homens e mulheres, de forma equitativa e alterna, para a totalidade dos postos que serão submetidos à eleição, divulgou o foro.

As próximas eleições permitirão selecionar às autoridades dos territórios autônomos, correspondentes às zonas atlânticas do norte e o sul. Privilegiar a unidade também no âmbito local sintetiza a proposta do conselho nacional da Frente, realizada ontem à noite na capitalina Praça da Revolução, sob a condução do secretário geral do FSLN e presidente da República, Daniel Ortega.

Membros dos dois conselhos regionais da costa caribenha, prefeitos, secretários políticos e integrantes do Conselho Nacional do FSLN, participaram no intercâmbio 

Segundo Ortega, as próximas eleições serão outra oportunidade para continuar batalhando "pela dignidade das famílias, pela dignidade de nossos povos, pela dignidade dos povos da Costa caribenha da Nicarágua".

Os irmãos da Costa do Caribe, disse, "são os que têm a primeira e a última palavra, são os que têm a primeira e a última decisão, são eles os que têm a responsabilidade histórica de garantir as vitórias" do FSLN.

Pela sétima ocasião terão lugar aqui votações deste tipo, como resultado da Lei de Autonomia promulgada durante a primeira etapa da Revolução Sandinista, que derrotou à ditadura da família Somoza em julho de 1979.

Segundo destacou o comandante Humberto Campbell, esse exercício nas urnas está marcado no reconhecimento dos direitos dos povos indígenas e afrodescendentes que foram estabelecidos na Lei de Autonomia em 1987, a qual conseguiu sintetizar aspirações históricas.

Desde sua criação, a norma jurídica propunha-se transformar radicalmente a condição de despojo ao que estava submetida a região e acabar com a negação da cultura, a língua e a vida comunitária de seus habitantes, recordou.

A partir de 1990, depois da derrota eleitoral do FSLN, o processo autonômico foi objeto de ataque pelos governos de turno e ficaram desmantelados diversos serviços básicos, referiu.

A autonomia, considerou, "segue sendo uma proposta revolucionária para unir as riquezas étnicas e culturais com as possibilidades de organizar o desenvolvimento e o bem-estar contribuindo ao fortalecimento da unidade nacional", resumiu o secretário para o desenvolvimento da costa caribenha.

Fonte: Prensa Latina