Assad ainda vê possibilidade de ataque dos EUA à Síria 

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou nesta quarta-feira (25) que os Estados Unido não mudam suas políticas de realizar “uma agressão após outra”, enquanto não negou a possibilidade de uma intervenção norte-americana em seu país, sob qualquer que seja o pretexto.

"Se lançamos a vista às guerras anteriores, nas políticas dos Estados Unidos, pelo menos a partir da primeira metade dos anos 1950, vemos que é uma política que vai de uma agressão após outra. Essa política não mudou e não vejo agora uma razão primordial para que mude", manifestou o mandatário sírio durante uma entrevista exclusiva à rede Telesur. 

Igualmente, assinalou que a possibilidade de um ataque dos Estados Unidos contra sua nação sempre estará presente, “em um momento sob o pretexto das armas químicas, e em outros momentos por pretextos diferentes”.

Segundo o mandatário sírio, os Estados Unidos há décadas “está atropelando o Conselho de Segurança, violando a Carta da ONU, e a soberania dos Estados, violando todos os valores humanos e morais".

Contudo, assegurou que hoje já existe mais equilíbrio no Conselho de Segurança das Nações Unidas e Washington não pode usar esse organismo como nos anos 1990.

Por outro lado, se referiu às guerras diretas ou indiretas que os Estados Unidos provocaram em vários pontos do mundo como na Coreia, Vietnã, Líbano, Somália, Afeganistão e Iraque, assim como na América do Sul, onde realizou golpes de Estado, tudo isso acarretando a morte de milhões de pessoas.

Também indicou que ninguém sabe quando “essa possibilidade pode converter-se em realidade”, ao considerar que a possibilidade de uma ofensiva dos EUA existe em “cada lugar dol mundo”.

Os EUA adotaram uma retórica de guerra contra a Síria depois da morte de várias pessoas em 21 de agosto último em um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, capital síria. Mas uma proposta da Rússia para fazer um controle internacional sobre as armas químicas da Síria deteve a eventual ofensiva externa liderada por Washington contra a nação árabe.

Hispan TV