Em visita de um dia a Cuba, Correa conversa com Fidel e Raúl 

O presidente do Equador, Rafael Correa, conversou com o líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, e com o presidente Raúl Castro, que se despediu dele no aeroporto de Havana. 

Pouco mais da meia noite, Correa disse à imprensa acreditada que dialogou nesta sexta-feira (20) com Fidel Castro por mais de duas horas durante sua visita de trabalho de um dia a Cuba, onde chegou pela província de Santiago.

"Sempre é uma grande honra e sempre é um momento muito grato compartilhar com alguém que é uma história viva da América Latina", afirmou.

Acompanhado por seu chanceler, Ricardo Patiño, o mandatário assinalou que o objetivo de sua viagem foi conhecer com maior profundidade o sistema de saúde cubano.

Correa indicou que o governo de Cuba investe nove por cento de seu Produto Interno Bruto no campo da saúde, enquanto o Equador cerca de sete por cento.

"Realmente temos tido resultados extraordinários, mas creio que nos falta eficiência", asseverou ao referir-se aos esforços no Equador para elevar a qualidade da atenção à saúde.

Correa expôs que o Equador vai cooperar com Cuba na construção de 1.560 casas em Santiago destinadas a famílias que tiveram suas residências danificadas pelo furacão Sandy, que atingiu a cidade em 2012.

Segundo explicou, na primeira etapa serão edificadas 560 casas, para o que se prepara o terreno a fim de iniciar as obras.

Preguntado sobre o incidente com o avião de seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, considerou como terrível que lhe tenham negado trânsito sobre Puerto Rico, embora o Departamento de Estado dos Estados Unidos declarasse que isto não ocorreu.

Em todo caso, acrescentou, se sabia que era o presidente Maduro quem ia no voo e se negou a passagem sobre Puerto Rico, deve haver um protesto unânime da América Latina.

Sobre a situação na Síria, expressou que é um assunto complexo e seu governo rechaça toda ingerência militar estrangeira nesse país, e, pelo contrário, está a favor de uma saída pacífica e democrática para o conflito.

"Não nos enganemos, estão enviando desde o exterior armas à Síria", asseverou depois de indicar que é preciso evitar isso para que as partes se sentem para conversar e não se gere mais violência nessa nação.

Prensa Latina