Morre o cineasta cubano Daniel Díaz aos 64 anos

O cineasta cubano Daniel Díaz Torres, diretor da tragicomédia “O filme de Ana”, lançada em 2012 e que estreou no Brasil na semana passada durante o Cine Ceará, morreu nesta segunda-feira (17), aos 64 anos em Havana, em decorrência de um câncer, informou a imprensa local.


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Torres começou sua carreira como crítico de cinema em 1968 e estudou no Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficas (ICAIC). Foi subdiretor do Noticiário ICAIC Latino-Americano e participou de várias de suas edições.

Depois de muitos documentários, dirigiu sua primeira ficção, “Jíbaro”, em 1985. Porém, foi com “Alicia en el pueblo de maravillas”, de 1990, que passou a ser conhecido internacionalmente. Célebre por seu tom irreverente e disposto sempre a romper com os moldes de gêneros, como o policial, Díaz Torres fez múltiplas paródias, sendo a última delas Lisanka (2009).

O diretor também foi fundador da Escuela Internacional de Cine y Televisión de San Antonio de los Baños (EICTV), onde era professor, subdiretor docente e responsável pela cátedra de direção.

Torres recebeu a Ordem pela Cultura Nacional de Cuba, em reconhecimento a sua notável contribuição ao desenvolvimento da cultura artística e literária cubana.

A doença impediu Torres de participar da 23ª edição do festival de cinema ibero-americano realizado em Fortaleza e o filme foi apresentado ao público brasileiro pelo ator cubano Tomás Cao. Na noite de premiação do Cine Ceará realizada no último sábado, a atriz de Laura de La Uz ganhou o prêmio de melhor atriz justamente por seu trabalho em “O filme de Ana”.

Fonte: Refletor TAL