CTB reafirma luta da classe trabalhadora no Grito Excluídos em SP

Mais de mil pessoas saíram às ruas da capital paulista no último sábado (7) – dia em que se comemora a independência do país – para “dar um grito contra a exclusão e de fato ter uma nação soberana, justa e solidária”, como expressou o coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo e um dos organizadores do Grito dos Excluídos, Paulo Cesar Pedrini

Grito dos excluídos

Em sua 19ª edição nacional, o encontro reúne diversos movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos, pastorais sociais e ativistas que aproveitam o simbolismo da data para reivindicar suas bandeiras de luta.

Em São Paulo, a mobilização começou pela manhã na Praça da Sé onde, após a celebração de uma missa na Catedral, os manifestantes seguiram em caminhada até o Monumento da Independência, no Ipiranga. Durante o percurso os presentes puderam fazer suas reivindicações.

Em sua intervenção, o secretário de Políticas Sociais da CTB, Rogério Nunes, afirmou que o Grito é uma forma de chamar a atenção da sociedade, porque, disse, apesar dos avanços o Brasil ainda é um país altamente dependente do ponto de vista econômico, cultural das grandes nações imperialistas.

O cetebista destacou a luta dos sindicalistas contra o Projeto de Lei 4330/2004, que amplia a terceirização, prejudicando a classe trabalhadora. “Estamos com uma ampla campanha contra a terceirização. Não ao PL4330, que significa o fim das leis de trabalho, rasgando a CTL e nós não podemos admitir isso. Temos que garantir aos trabalhadores o mínimo necessário para assegurar seus direitos.”

“Queremos uma reforma política democrática, representação do povo, dos trabalhadores e de todas as comunidades historicamente excluídas no Brasil, neste sentido queremos dar o apoio e força total ao grito dos excluídos para fortalecer o movimento popular, as entidades populares, aqueles que sempre foram excluídos, marginalizados e também maltratados por essa elite que nesse país sempre governou e está na hora de dar um basta a esta situação e avançar mais naquilo que a gente já conquistou”, expressou o dirigente.

Para o vice-presidente da Central, Nivaldo Santana, a participação neste ato, que ocorreu em todo o país, é necessária para a defesa da democracia, da soberania nacional e do direito dos trabalhadores e do povo.

“Temos uma agenda trabalhista que tem como centro a luta contra a terceirização, pela redução da jornada de trabalho e pelo fim do fator previdenciário, mas no plano político geral consideramos que a grande bandeira do momento é a luta pela reforma política com destaque para eliminar o financiamento privado das campanhas eleitorais”, avaliou Nivaldo.

O Grito dos Excluídos, que teve como lema este ano "Juventude que ousa lutar, constrói projeto popular", contou com a participação de diversas organizações que reivindicaram a democratização dos meios de comunicação, a descriminalização do aborto, a luta dos imigrantes entre outras demandas da sociedade brasileira.


Fonte: Site da CTB