Direitos Humanos apurará desaparecimento de ossadas do Araguaia

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (Cemdp) se manifestaram nesta terça-feira (3), por meio de nota, a respeito da suspeita de desaparecimento de restos mortais de vítimas da Guerrilha do Araguaia.

A nota informa que a SDH e a Cemdp farão, "com o Ministério Público Federal, vistoria na sala-cofre que guarnece os restos mortais objeto de identificação, localizado no Hospital da Universidade de Brasília [UnB]".

O texto considera grave a suspeita de desaparecimento e diz que as instituições estão "solicitando ao Departamento de Polícia Federal que apure o caso e as eventuais responsabilidades, indicando que a investigação seja acompanhada pela Cemdp e por familiares de desaparecidos no Araguaia".

O desaparecimento foi constatado em relatório do Instituto Nacional de Criminalística por Diva Santana, integrante da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos que acompanhou a expedição em 2001. Segundo ela, na época foram resgatados quatro corpos de adultos e um crânio. Em dezembro de 2012 ao receber o inventário dos restos mortais ela se deparou com informações de que teriam sido recolhidas três ossadas de crianças. 

Na segunda-feira (2), O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, classificou como "inaceitável" a suspeita de desaparecimento dos restos mortais. Desde 2009, os ossos se encontravam na UnB, mas antes passaram por vários órgãos federais em Brasília. Atualmente, 25 ossadas ainda agurdam em Brasília a realização de exames de DNA para identificação.

Da redação do Vermelho, 
com informações da Agência Brasil