China: Bo Xilai nega acusações de suborno durante julgamento

O Tribunal Popular Intermediário de Jinan, na Província de Shandong, leste da China, deu continuidade nesta sexta-feira (23) o julgamento de Bo Xilai pelos crimes de aceitação de subornos, fraude e abuso de poder, os quais o acusado negou.

Bo, de 64 anos, era secretário do Comitê Municipal do Partido Comunista da China (PCCh) em Chongqing e membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh.

Durante o julgamento de quinta-feira (22), os procuradores indicaram que Bo aceitou subornos no valor de cerca de 21,79 milhões de yuans (cerca de US$ 3,5 milhões) dos empresários Tang Xiaolin e Xu Ming, e desviou 5 milhões de yuans dos fundos públicos do governo de Dalian.

Bo é também acusado de abusar de seu poder ao tratar o caso do assassinato cometido por sua esposa, Bogu Kailai, e a deserção de seu associado Wang Lijun em 2012.

Nesta sexta, segundo dia do julgamento, os procuradores apresentaram evidências durante a investigação da corte para mostrar que Bo aceitou uma grande quantidade de dinheiro e propriedades de Xu Ming através de sua esposa Bogu Kailai e seu filho Bo Guagua.

Os procuradores mostraram documentos como provas e projetaram um vídeo com a declaração de Bogu Kailai durante o interrogatório em 10 de agosto de 2013.

Os procuradores também leram as declarações apresentadas pelas testemunhas Bogu Kailai e o francês Patrick Devillers.

Além disso, durante o julgamento se apresentaram evidências em vídeo e áudio que mostram que Xu Ming forneceu fundos a Bogu Kailai para que comprasse uma mansão na França e que Bo Xilai estava ciente disso.

Os procuradores, o acusado e seus advogados examinaram as evidências. Bo não admitiu as acusações, mas expressou opiniões contraditórias durante sua defesa.

Os procuradores afirmaram que as provas apresentadas ao tribunal tinham sido obtidas legalmente de fontes transparentes.

Na quinta, Bo negou a acusação de receber subornos durante a audiência, que contou com a participação de mais de cem pessoas, incluindo cinco parentes de Bo e 19 jornalistas.

O tribunal aprovou todos os pedidos de Bo, que estava emocionalmente estável e fisicamente saudável durante o julgamento, de expressar suas opiniões.

Fonte: Rádio Internacional da China