Dia Nacional de Luta pela Educação mobiliza estudantes em todo país

Foto: Divulgação UNE

O avanço das políticas educacionais é fruto de muita mobilização, que sacodem o país de norte a sul. As bandeiras levantadas para os atos foram os royalties do petróleo e 50% do fundo social do Pré-Sal para que sejam alcançados os 10% do PIB para educação.

Alguns estados incorporaram as suas bandeiras regionais e fizeram do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Educação uma grande articulação do movimento estudantil. No Recife, por exemplo, a União dos Estudantes de Pernambuco (UPE) e União Municipal dos Estudantes (Umes) reuniram mais de 200 estudantes pelas ruas da cidade para reivindicar a criação do Plano Estadual de Assistência Estudantil (Peaes), principalmente no que se refere ao passe-livre estudantil irrestrito. Foram até a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) e entregaram um projeto de lei que institui o benefício.

No Acre, o levante dos estudantes por uma educação de qualidade foi antecipado e aconteceu na quinta-feira (8) organizado pelo DCE da Universidade Federal do Acre (UFAC). Os eventos mobilizaram a comunidade acadêmica em dois campus: Rio Branco e Cruzeiro do Sul. O vice-presidente do DCE, Maycon Silva, conta que ao término do ato os estudantes protocolaram uma ação no Ministério Público contra a UFAC. Entre as pautas do movimento estão a melhoria no RU e lanchonetes da instituição, ampliação da oferta de transporte coletivo que dão acesso aos campus, solução para falta de laboratórios de pesquisas, professores, inclusive de libras para os alunos especiais.

No Mato Grosso, o dia de mobilizações também foi intenso. De manhã um ato pela ampliação do passe livre na Câmara dos Vereadores reuniu cerca de 100 pessoas que ocuparam o plenário. Como resultado, foi marcada para a segunda-feira (19) uma audiência sobre a redução da tarifa do transporte. No estado os estudantes de educação básica e universidades têm passe livre para ir e voltar da escola. “Agora a luta é para ampliar para os estudantes de pós-graduação e fomentar atividades extracurriculares”, destacou Rarikan Heaven, presidente da UEE-MT. Na parte da tarde, 2 mil pessoas participaram da passeata dos professores da rede estadual, que estão em greve. O ato foi em apoio à greve e pela reivindicação que o Estado invista 35% do orçamento em educação; aumento de 11% no salário dos professores que estão em greve.

Em Natal no Rio Grande do Norte, o ato aconteceu no auditório da reitoria da UFRN e reuniu cerca de 100 pessoas para discutir as pautas do movimento estudantil.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi em solidariedade à ocupação da universidade Gama Filho, que já completou um mês. A UNE defende uma regulamentação do ensino privado e apoia o Fora Galileo!, grupo mantenedor da instituição.

Em São Paulo, os estudantes pularam as catracas da Uninove, campus Vergueiro e estenderam faixas e cartazes no saguão da universidade protestando contra o aumento nas mensalidades e falta de qualidade e infraestrutura.

Já no Rio Grande do Sul, de manhã o ato foi na Escola Parobé, e a tarde os estudantes fizeram panfletagem e ocuparam os corredores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com faixas. No fim da tarde fizeram um pequeno ato próximo a reitoria, pela aprovação do passe livre estadual que está tramitando na Assembleia Legislativa do Estado.

Por fim, em Minas Gerais, o ato foi realizado na quarta (14) na Universidade Federal de Viçosa (UFV) com uma assembleia geral que reuniu cerca de 50 estudantes que discutiram assistência estudantil e segurança dentro das universidades.

Fonte: Site da UNE