Professores vão sitiar capital durante posse do governo paraguaio

Os professores paraguaios, em greve há duas semanas, realizaram uma assembleia na manhã desta quinta-feira (8) e decidiram fazer um ato sitiando o centro da capital Assunção, nos dias 14 e 15 de agosto, durante as atividades de troca de governo, quando assume o presidente eleito, Horácio Cartes.

Professores vão sitiar capital durante posse do governo paraguaio - Norberto Duarte/AFP

Os educadores, afiliados a Federação de Educadores do Paraguai (FEP), o maior sindicato do setor, mantém a greve que demanda modificações na lei de aposentadoria e o pagamento dos salários atrasados há meses.

Apoiada por outras organizações, a paralização mantém 40% das escolas do país sem aulas. Os manifestantes se negam a aceitar novas promessas de funcionários e legisladores sobre futuras soluções.

Em vias de conseguir um acordo, a FEP esteve disposta a suspender a greve caso as comissões permanentes do Congresso aprovassem o projeto de lei.

Sendo assim, os indignados que assistiam a assembleia ratificaram a mobilização massiva até o centro de Assunção, coincidindo com os atos da tomada de posse do presidente eleito, Horácio Cartes, para que o governo os leve em consideração e aprove a lei.

Para os manifestantes, se a recente greve do transporte urbano conseguiu quebrar a resistência oficial em apenas um dia, os professores também podem fazê-lo, neste caso com o Legislativo e com a justa causa defendida.

Richard Ferreira, secretário geral da FEP, explicou a ação dos docentes como uma forma de pressionar também o poder Executivo e acusou os parlamentares do país de não se importarem com o dano que estão causando para a educação.

Os professores asseguram não temer as medidas especiais de segurança anunciadas nesta quinta. O ministro de Interior, Carmelo Caballero, prometeu a utilização de militares e policiais na tentativa de impedir que incidentes que atrapalhem os atos previstos.

As manifestações devem seguir no Paraguai até a grande mobilização anunciada para a semana que vem.

Da redação do Vermelho,
Com informaçoes da Prensa Latina