Ceará tem segunda maior redução da mortalidade infantil do país

O Ceará foi o segundo estado do Brasil que mais reduziu a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) entre 1980 e 2010. Em 30 anos, deixaram de morrer no Estado 91,8 crianças menores de um ano para cada mil nascidas vivas, número menor apenas que o da Paraíba, que em 2010 evitou 94,2 mortes em relação a 1980.

O Ceará tinha a terceira pior taxa de mortalidade infantil do Nordeste em 1980, de 111,5 por mil nascidos vivos, à frente apenas Alagoas (111,6) e da própria Paraíba (117,1). Em 2010, o Ceará ficou com a segunda melhor taxa da região, de 19,7 por mil nascidos vivos, atrás apenas de Pernambuco, que registrou taxa de 18,5.

Os números são da publicação “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Idade – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação – 2010”, do IBGE. A publicação faz comparações com os indicadores das tábuas de 1980, apresentando um panorama das mudanças nos níveis e padrões de mortalidade no período de 30 anos. As Tábuas de Mortalidade usam dados dos resultados do Censo Demográfico 2010, das estatísticas de óbitos provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde para o ano de 2010.

No Brasil, entre 1980 e 2010, a taxa de mortalidade infantil reduziu-se em 75,8%, ao declinar de 69,1 para 16,7 por mil nascidos vivos. A menor taxa foi observada em Santa Catarina, 9,2 óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos, um valor 69,4% menor que a maior taxa, pertencente ao Estado de Alagoas, de 30,2 por mil nascidos vivos. A Região Nordeste foi a que apresentou as maiores reduções na TMI. Entre 1980 e 2010 a taxa caiu de 97,1 para 23 por mil nascidos vivos.

O mesmo comportamento da taxa de mortalidade infantil é observado na mortalidade da infância, que indica a probabilidade de um recém-nascido não completar os 5 anos de idade. Em 2010, a taxa de mortalidade na infância foi de 19,4 por mil nascidos vivos no Brasil e de 26,0 no Nordeste. Em 1980 as taxas eram de 84,0 e 120,2, respectivamente. No Ceará, a mortalidade na infância no período diminuiu de 133,7 para 22,6 por mil nascidos vivos. No Estado, a redução representou um decréscimo do número de óbitos das crianças menores de 5 anos da ordem de aproximadamente 111 óbitos para cada mil nascidas.

Na esperança de vida ao nascer, o Ceará também avançou. O Nordeste, que tinha a esperança de vida ao nascer mais baixa em 1980 (58,25 anos) teve, em 30 anos, um incremento de 12,95 anos nesse indicador, chegando, em 2010, a 71,20 anos. No Ceará, o ganho na esperança de vida foi ainda maior, de 13,44 anos, ao passar de 58,96 anos em 1980 para 72,4 em 2010.

Fonte: Sesa