Corinthians não confirma libertação de torcedores na Bolívia

A libertação dos cinco torcedores presos na Bolívia não foi confirmada pelo Sport Club Corinthians Paulista. Por meio de nota, divulgada às 17h30, o clube informou que o que existe até o momento é um parecer favorável à liberação emitido pelo Ministério Público do Distrito de Oruro.

“O Corinthians esclarece também que os trabalhos para a libertação seguem diariamente, como sempre, capitaneados pelo Ministério da Justiça do Brasil em parceria com a diretoria do clube do Parque São Jorge”, diz ainda o comunicado. A informação da liberação da soltura dos torcedores foi divulgada pela torcida organizada Gaviões da Fiel.

Mais cedo, ao confirmar a informação do parecer favorável, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que a expectativa era de que os torcedores saíssem da prisão nas próximas horas.

Os cinco torcedores fazem parte do grupo de 12 corintianos acusados pela morte do adolescente boliviano Kevin Spada, atingido por um sinalizador, durante um jogo entre o Corinthians e o San José, válido pela Taça Libertadores da América, em Oruro, na Bolívia. Sete torcedores foram libertados no início de junho.

Todos negam o envolvimento na morte do jovem. Menos de uma semana depois do incidente, um adolescente, sócio da Gaviões da Fiel, apresentou-se à Justiça brasileira como autor do disparo do sinalizador. Segundo o advogado da torcida, a apuração do caso deve continuar na Justiça brasileira. “Resta à Justiça brasileira fazer o procedimento investigatório”, ressaltou.

O Ministério da Justiça do Brasil informou nesta quarta-feira (24) que a Justiça boliviana, em Oruro, emitiu um relatório conclusivo sobre uma doação de US$ 50 mil feita pelo Corinthians à família de Kevin. Depois da doação, era esperada a soltura dos cinco torcedores envolvidos no caso. "Esse tipo de composição só tem sucesso após um diálogo cuidadoso, que permite aos envolvidos compreender os benefícios da Justiça Restaurativa", disse defensor público-geral, Haman Córdova, conforme nota do ministério.

Fonte: Agência Brasil