General americano reconhece que EUA têm plano de atacar a Síria
O general Martin Dempsey, presidente do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, afirmou nesta quinta-feira no senado do país que a Casa Branca estuda a possibilidade de intervir militarmente na Síria.
Publicado 18/07/2013 19:11
Dempsey, oficial de nível mais elevado nos serviços armados dos Estados Unidos, disse em uma audiência que colocou nas mãos do presidente Barack Obama várias opções para o uso da força contra o país árabe, que agora estão sob a consideração de várias agências federais do país.
O chefe militar se recusou a dar mais detalhes sobre os planos, durante uma sessão do Comitê de Serviços Militares do Senado, cujos membros fizeram pressão para que explicasse melhor sua estratégia em relação à derrubada do presidente sírio Bashar al-Assad.
Dempsey esclareceu que não está nas mãos dele a decisão de intervir militarmente na Síria, porque essa responsabilidade pertence aos funcionários eleitos do governo americano e se negou a emitir opiniões em público sobre o tipo de força a utilizar contra a nação árabe.
Em resposta a uma pergunta do senador republicano Lindsey Graham sobre a situação atual do conflito, Dempsey reconheceu que o exército árabe síria mantém a iniciativa no enfrentamento aos bandos armados e mercenários que tentam derrubar o governo constitucional do país.
O comitê analisa a nomeação de Dempsey para um segundo mandato de dois anos, processo que deve terminar sem maiores contratempos para o general, que de acordo com a lei, é o principal assessor militar do chefe da Casa Branca, assinalou nesta quinta o diário americano Stars and Stripes.
Senadores influentes na sociedade, como o democrata Carl Levin e o republicano John McCain pressionam Obama para que adote medidas de força contra a Síria, e embora a Casa Branca tenha autorizado a entrega de ajuda letal aos bandos armados, se opõe à imposição de uma zona de limitação aérea, similar à estabelecida na Líbia em 2011 e que, na verdade, serviu apenas para bombardear o país africano.
As autoridades de Damasco denunciaram reiteradas vezes que os Estados Unidos e seus aliados europeus e árabes suministran fornecem apoio logístico de todo o tipo aos bandos armados e terroristas que operam no país.
Fonte: Prensa Latina