General americano reconhece que EUA têm plano de atacar a Síria

O general Martin Dempsey, presidente do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, afirmou nesta quinta-feira no senado do país que a Casa Branca estuda a possibilidade de intervir militarmente na Síria.

Dempsey, oficial de nível mais elevado nos serviços armados dos Estados Unidos, disse em uma audiência que colocou nas mãos do presidente Barack Obama várias opções para o uso da força contra o país árabe, que agora estão sob a consideração de várias agências federais do país.

O chefe militar se recusou a dar mais detalhes sobre os planos, durante uma sessão do Comitê de Serviços Militares do Senado, cujos membros fizeram pressão para que explicasse melhor sua estratégia em relação à derrubada do presidente sírio Bashar al-Assad.

Dempsey esclareceu que não está nas mãos dele a decisão de intervir militarmente na Síria, porque essa responsabilidade pertence aos funcionários eleitos do governo americano e se negou a emitir opiniões em público sobre o tipo de força a utilizar contra a nação árabe.

Em resposta a uma pergunta do senador republicano Lindsey Graham sobre a situação atual do conflito, Dempsey reconheceu que o exército árabe síria mantém a iniciativa no enfrentamento aos bandos armados e mercenários que tentam derrubar o governo constitucional do país.

O comitê analisa a nomeação de Dempsey para um segundo mandato de dois anos, processo que deve terminar sem maiores contratempos para o general, que de acordo com a lei, é o principal assessor militar do chefe da Casa Branca, assinalou nesta quinta o diário americano Stars and Stripes.

Senadores influentes na sociedade, como o democrata Carl Levin e o republicano John McCain pressionam Obama para que adote medidas de força contra a Síria, e embora a Casa Branca tenha autorizado a entrega de ajuda letal aos bandos armados, se opõe à imposição de uma zona de limitação aérea, similar à estabelecida na Líbia em 2011 e que, na verdade, serviu apenas para bombardear o país africano.

As autoridades de Damasco denunciaram reiteradas vezes que os Estados Unidos e seus aliados europeus e árabes suministran fornecem apoio logístico de todo o tipo aos bandos armados e terroristas que operam no país.

Fonte: Prensa Latina