Confira as resoluções do Comitê Estadual do PCdoB-RJ

O Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil no Rio de Janeiro (PCdoB-RJ) se reuniu no último domingo (14), na sede do Comitê Municipal da Capital, e encaminhou as seguintes resoluções:

Resolução Política do Comitê Estadual do PCdoB-RJ

É crescente o nível de mobilização e de politização da juventude e dos trabalhadores. Nos acontecimentos de junho, centenas de milhares foram às ruas tendo a juventude como protagonista. Foi um movimento predominantemente progressista, que refletiu uma critica forte à representação política e sofreu tentativa de manipulação e direcionamento pela mídia golpista e pela direita brasileira. Esta jornada ganhou novo impulso com o vitorioso e unitário Dia de Lutas (11 de julho), liderado pelas centrais sindicais, quando dezenas de milhares, especialmente de trabalhadores, se manifestaram em atos e paralisações.

Esta explosão do movimento social tem levantado um conjunto de reivindicações que criam condições para mudanças democráticas estruturantes. Palavras de ordem como: 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública; 10% do PIB para a educação; mais segurança; transporte público de qualidade; redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução dos salários; contra o projeto que amplia as terceirizações (PL 4330/04); pelo fim do fator previdenciário; pela democratização da mídia; pela reforma política democrática reforçam a necessidade de mudanças e também a necessidade do papel dirigente das forças consequentes em um ambiente de instabilidade política.

Neste sentido, lamentamos a falta de iniciativa do governo estadual por não realizar reuniões com os partidos políticos da base aliada, movimentos sociais e centrais sindicais no sentido de levar em consideração às reivindicações das ruas, diante dos acontecimentos de junho e do Dia de Lutas e Paralisações de 11 de julho.

Todos esses embates políticos terão desaguadouro nas disputas das eleições de 2014. Nesse processo, um contingente de trabalhadores e da juventude experimentará forte atuação política, intensa luta de idéias e ações de massas nas salas de aulas, nas empresas, através das mídias sociais e nas ruas. É preciso disputá-lo para dar continuidade ao projeto progressista em curso e fazê-lo avançar.

O Rio de Janeiro tem sido um palco destacado das jornadas de mobilizações. Para fortalecer o rumo político de avanço desse movimento é fundamental ampliar as fileiras do PCdoB e intensificar uma campanha de filiação, especialmente entre os trabalhadores e a juventude. Nesse sentido, o partido precisa ter maior visibilidade e protagonismo.

Este movimento deve se fazer refletir no 13º Congresso do PCdoB. Neste sentido, urge a necessidade de o partido sair fortalecido nos terrenos político, organizativo e ideológico para se colocar à altura dos acontecimentos políticos. Fortalecer o PCdoB é fundamental para garantir o rumo de aprofundar as mudanças democráticas e estruturais e sustar a sanha do campo conservador (derrotado nos últimos 10 anos), mas que tudo faz e fará para tentar impedir a continuidade do ciclo de mudanças aberto com os governos Lula e Dilma.

Sobre conjuntura:
– Empreender esforços no Rio de Janeiro para concretizar um Fórum Político e Social, de afinidades políticas, interessado em aprofundar as mudanças no rumo das reformas democráticas e estruturais, que seja composto por partidos democráticos e de esquerda, personalidades e intelectuais progressistas, entidades e organizações do movimento social, em sintonia com a base aliada do governo Dilma, e que se desdobre nos municípios fluminenses;

– Concluir a elaboração da “Agenda Temática” (plataforma do protagonismo) do PCdoB-RJ, como contribuição ao Fórum Político e Social. Inclusão do apoio ao PL da Igualdade;

– Atuar no estado em correspondência à movimentação nacional do PCdoB;

– Chamar os trabalhadores, as mulheres e a juventude em luta a se filiarem ao PCdoB;

– Realizar um balanço sobre nossa presença em espaços institucionais onde estamos presentes, tendo como referência os interesses do povo e o crescimento do partido;

 

Sobre eleições 2014:

– Eleger dois deputados federais em coligação e três deputados estaduais com chapa própria;

– Todo comitê municipal deve indicar, ao menos, uma candidatura para a chapa própria de deputado estadual;

– Pela construção de candidatura majoritária, sinalizando ao Senado, a ser acompanhada pela Comissão Política Estadual;

– Pela intensificação de esforços pela filiação de lideranças políticas tendo em vista os objetivos acima;

 

Rio de Janeiro, 14 de julho de 2013.

 

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