Comunistas venezuelanos apostam por unidade nas municipais 

O Partido Comunista da Venezuela (PCV) aposta pela unidade das forças agrupadas no Grande Polo Patriótico Simón Bolivar para as eleições municipais de 8 de dezembro, assegurou nesta segunda-feira (8) o membro do partido, Yul Jabour.

Yul Jabour - PCV

Após a realização do 15º Pleno do Comitê Central do PCV , Jabour destacou que se avaliarão pré-candidaturas em cada estado, que serão apresentadas em breve na instâncias de discussão dos partidos e movimentos aliados. 

Jabour afirmou, em coletiva de imprensa, que a prioridade é conseguir “uma vitória de todo o movimento popular revolucionário”. Também, estabeleceu que os candidatos a prefeito ou deputado deverão ser escolhidos a partir de suas “condições éticas, revolucionárias e o compromisso político com o processo de libertação nacional” na Venezuela.

Por outra parte, informou que o Comitê Central aprovou uma resolução de apoio ao presidente Evo Morales e ao povo da Bolívia após a “agressão a dignidade e soberania” daquele país cometida por países europeus.

O deputado reiterou a condenação do PCV às posturas da Itália, França, Portugal e Espanha, nações que restringiram o voo em seus territórios do avião presidencial boliviano, o que “colocou em risco a vida de Morales”, disse Jabour.

Além de classificar como uma violação do direito internacional, o porta-voz comunista considerou que a atitude destes governos europeus revela subordinação e submissão “ao imperialismo norte-americano e a Otan (Organização do Tratados do Atlântico Norte)”.

Segundo Jabour, estes atos – motivados pela presunção de que junto à comitiva boliviana, procedente de Moscou, viajava Edward Snowden, ex-agente de Agência de Segurança Nacional (NSA, por sua sigla em inglês) dos Estados Unidos – se inscrevem no contexto da “profunda crise do capitalismo”.

O dirigente comunista respaldou a decisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que na última sexta (5) ofereceu asilo humanitário a Snowden, que está – segundo a imprensa- no terminal de trânsito do aeroporto moscovita de Sheremétievo.

Jabour sustentou que Snowden é perseguido por denunciar “um método belicista de violação dos direitos humanos”, em alusão as revelações sobre mecanismos de vigilância em escala global implementados por organismos de segurança norte-americanos.

Fonte: Prensa Latina