Opositor turco condena ação no Egito e adverte premiê da Turquia

O líder do Partido Republicano do Povo da Turquia (CHP), Kemal Kiliçdaroglu, disse que o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan deve aprender com o ocorrido no Egito, embora tivesse manifestado a sua insatisfação com a destituição do presidente egípcio Mohammed Mursi pelo Exército, nesta quinta-feira (4). A Turquia também vem sendo palco de protestos antigovernamentais desde o fim de maio.

Publicado 04/07/2013 11:20

Além de manifestar a sua insatisfação pelo “golpe militar” no Egito, Kiliçdaroglu assinalou que o governo de Erdogan deve abster-se das políticas coercitivas e tomar lições das manifestações egípcias.

Da mesma forma, expressou a sua expectativa quanto à resposta do primeiro-ministro turco para materializar as perspectivas e exigências da nação turca, especialmente dos jovens.

“Os golpes de Estado são inaceitáveis. Espero que [o Egito] regresse à democracia”, assegurou o líder do principal partido turco, para logo reiterar a afirmação de que os governos devem prestar atenção às demandas do povo.

O presidente Mohammed Mursi foi destituído pelo Exército do Egito nesta quarta (3), após semanas de protestos antigovernamentais e vários confrontos entre opositores e apoiadores de Mursi, que agora se encontra em “prisão preventiva”, de acordo com fontes militares e da Irmandade Muçulmana, que governou o país por um ano, após a derrubada do presidente Hosni Mubarak, em 2011, e de outro ano de governo transitório.

Já na Turquia, um protesto iniciado pacificamente na Praça Taksim, de Istambul, foi reprimido com violência pelas forças policiais, com o apoio explícito do premiê turco, o que provocou a adesão de milhares de manifestantes aos protestos subsequentes, com reivindicações mais abrangentes e antigovernamentais.

Com HispanTV