À frente da Embratur, Flávio Dino gerou agenda positiva do MA

O Presidente da Embratur, Flávio Dino, completou dois anos à frente da pasta responsável pela política de turismo internacional do país. Costumo dizer que, do ponto de vista da visibilidade, o senador José Sarney (PMDB) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB) são as duas únicas lideranças do Maranhão com relevância e cacife para discutir com os maiores líderes políticos nacionais em pé de igualdade. 

Flávio Dino
A partir de 2009, quando o senador José Sarney envolveu-se no chamado escândalo dos atos secretos e quase perdeu o cargo de presidente do Congresso Nacional, o imprensa redobrou a quantidade de críticas feitas ao modo como o grupo liderado pelo senador do Amapá faz política no estado.

Até o senador Edson Lobão (PMDB), titular da importante pasta que controla o setor energético no Brasil, é narrado pela imprensa nacional como um político regional sob o controle do PMDB e do próprio Sarney. Fora desse lastro, as lideranças locais são apenas e tão somente, lideranças locais.

Sem falsa bajulação e sem querer ferir a sensibilidade dos sarneysistas mais entusiasmados, a verdade é que Flávio Dino é o responsável pela inserção positiva do Maranhão quando o assunto é a cobertura da mídia nacional sobre o que ocorre na política do estado.

Basta um pequeno levantamento para notar que a política no Maranhão quase sempre só é tratada do ponto de vista positivo quando narra-se as ações protagonizadas pelo atual presidente a Embratur. Há dois anos à frente da instituição, a atuação de Flávio é constantemente lembrada, sobretudo pela combatividade na luta contra os preços abusivos praticados pelo setor hoteleiro brasileiro e pelas políticas de visibilidade do Brasil nesse período que antecede a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016).

A abissal diferença de tratamento que a imprensa nacional dispensa a um e outro, gera inclusive nos meios de comunicação maranhenses ligados ao senador José Sarney, uma espécie de constrangimento quando o assunto é Flávio Dino. A estratégia é tentar enfraquecer os aliados do presidente da Embratur sem fazer menção diária a seu nome. Quando eventualmente o fazem, quase sempre caem no denuncismo que se perde em si mesmo pela falta de consistência.

Levando-se em consideração que o Senador Sarney era até o início deste ano, o presidente do Congresso Nacional e que foi o presidente da república que mais beneficiou meios de comunicação no Brasil por meio de concessão de estatais e contratos milionários com o governo federal, explica-se o contraste no tratamento dispensado aos dois pelos meios de comunicação, não apenas pela ascensão proativa do ex-juiz, que exerceu reconhecido mandato de deputado federal; ou mesmo pela decadência política do ex-presidente da república.

A meu ver, o Brasil caminha para um processo de reorientação das práticas políticas já há algum tempo. A exaustão com os antigos modelos de política patrimonialista e tradicional vem sendo reflexo nas urnas pelo menos desde 2010, quando Marina Silva ascendeu politicamente forçando a realização de um segundo turno nas eleições daquele ano. A mudança reflete-se no modo como parte da imprensa narra o Brasil.

A própria ascensão de Flávio Dino é reflexo do desejo de mudança que começou nas urnas em 2010 e que agora ganha as ruas, clamando por uma agenda de transformações ainda mais plurais do que as manifestadas quando o Brasil escolheu rumar por ares mais progressistas a partir da eleição de Lula em 2002.

Fonte: Maranhão Da Gente