Senador boliviano asilado deverá deixar embaixada brasileira

Após mais de um ano asilado na embaixada do Brasil na Bolívia, o senador Roger Pinto Molina deverá deixar o local em segurança, mas não deve receber salvo-conduto pelo governo do país. A questão está sendo discutida em âmbito diplomático entre as nações.

O acordo, negociado entre as duas chancelarias permite que os bolivianos mantenham a palavra de não entregar o senador oficialmente, mas resolve um impasse que vem desde maio de 2012. Pesam contra Molina mais de 20 acusações de corrupção na Justiça, todas negadas pelo senador.

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Opositor de Evo, Molina se diz ser perseguido por suas posições políticas e por ter acusado membros do governo de envolvimento com o narcotráfico. O acordo para que ele possa sair da embaixada e consiga asilo definitivamente no Brasil prevê que o senador responda a algumas das questões judiciais em que está envolvido, mas o Ministério das Relações Exteriores não dá detalhes da negociação.

Durante a audiência, Patriota evitou dar detalhes aos senadores sobre as negociações que, segundo eles, são sigilosas. "Não será admitida nenhuma solução pela metade para o senador que ponha em risco sua integridade física", afirmou o ministro.

Com Estadão