Farc pedem democratização dos meios de comunicação na Colômbia

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) propuseram nesta quinta-feira (20) democratizar os meios de comunicação como parte das iniciativas apresentadas na mesa de diálogos com o governo.

“As medidas deverão favorecer os setores sociais e populares, assim como as forças políticas até agora excluídas deste campo”, informou Jesús Santrich, integrantes da delegação de paz das Farc, em Havana. 

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São necessárias regulações – disse- para garantir a produção de informação e comunicação transparente, equilibrada e verdadeira. Estas normas também deverão impedir a monopolização dos meios.

Outra das iniciativas apresentadas pela insurgência trata-se das “garantias plenas para as organizações guerrilheiras na insurreição e seus combatentes para o exercício da política em um Acordo Final”

O direito de eleger e ser eleito, a organizar movimentos e partidos são alguns dos assuntos que expõem sobre o segundo ponto da agenda, a participação política. “Os planos de desenvolvimento, os orçamentos públicos, assim como os planos de ordem territorial serão participativos em todas suas etapas”, afirmaram os insurgentes em outra de suas propostas. 

O estímulo  da participação das regiões, organizações e territórios foi outra das questões abordadas pela guerrilha, que incitaram para “compensar o excessivo centralismo e fortalecer a democracia e o poder local”.

Segundo eles, para alcançar este fim terá que redefinir “a representação no poder legislativo mediante a conformação de uma Câmara Territorial”, que substituiria a atual Câmara dos Deputados.

Estas iniciativas fazem parte das 10 propostas mínimas que as Farc apresentaram nesta semana para os representantes do governo colombiano.

Em declarações para a imprensa no Palácio de Convenções de Havana, sede permanente dos diálogos de paz, a guerrilha solidarizou-se com os manifestantes da região de Catatumbo, na Colômbia, que pedem para o Executivo a criação de zonas de reserva camponesa, entre outras demandas.

Fonte: Prensa Latina