Em reunião com manifestantes, Haddad diz que repudia violência

A Prefeitura de São Paulo realiza na manhã desta terça-feira (18), uma reunião extraordinária com o Conselho da Cidade para discutir o transporte público na capital. Por determinação do prefeito Fernando Haddad, o Movimento Passe Livre (MPL) foi convidado para fazer uma apresentação diante dos conselheiros e explicar suas propostas e visões para o setor. Haddad repudiou a violência em manifestações contra o aumento das passagens do transporte público.

A administração municipal apresentou detalhes sobre a composição de preço da tarifa de ônibus, a evolução da despesa orçamentária com o subsídio e os planos para a melhoria na qualidade do sistema. Depois das duas apresentações, o debate será aberto para a participação dos conselheiros e sugestões de encaminhamento.

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O prefeito destacou que, na manifestação de ontem, houve pouquíssimos incidentes. “Eu nunca utilizei uma palavra que desmerecesse o movimento. Nunca usei palavras como vândalos e baderneiros. Eu tenho repudiado a violência, principalmente, quando ela parte do Estado”.

No encontro, Haddad reiterou que o município não tem receita para subsidiar ainda mais as tarifas do transporte público. Segundo ele, qualquer das três sugestões já oferecidas pelo movimento, como reduzir, congelar ou eliminar a tarifas, levaria a um aumento de subsídios, o que desequilibraria as contas municipais. "Este é o menor reajuste dos últimos anos", afirmou.

Haddad disse que 70% dos impostos municipais são destinados, conforme a Constituição, à saúde e à educação. Segundo ele, se o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) fosse dobrado, as tarifas seriam reduzidas em 50%.

O prefeito admitiu que os valores do transporte público na capital são altos. “Se nós não considerássemos altos, não estaríamos tomando essas providências”, disse Haddad, ao se referir aos subsídios pagos pelo governo.

Com informações da Agência Brasil