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Comissão de Organização faz balanço e traça diretivas nacionais

Os membros da Comissão Nacional de Organização (CNO) do PCdoB reuniram-se nesta quarta-feira (5), na sede do Comitê Central, em São Paulo, para realizar um balanço e apresentar as últimas diretivas nacionais organizativas para o 13º Congresso do Partido.

Por Mariana Viel

Reunião da CNO em SP - Mariana Viel

Segundo o secretário nacional de Organização, Walter Sorrentino, as discussões da CNO se concentraram em dois desafios essenciais para o 13º Congresso. “Além do crescimento das filiações, do número de militantes mobilizados, e de municípios que realizam conferências, estamos assumindo que o número de bases reunidas no 13º Congresso será o critério mais diferencial que queremos para caracterizar a qualidade da vida militante do Partido. O critério mais qualificado que vamos utilizar será a mobilização de assembleias de base, ou seja, recuperar o eco do 7º Encontro Nacional de Organização [realizado em abril de 2011] que foi um encontro histórico e que deverá ser referendado no Congresso”. 

Outro desafio exposto pelo dirigente nacional será buscar recuperar o atraso e cumprir no mais alto grau possível as linhas de indução da política de quadros do Partido. “Em vários estados isso ficou atrasado e estamos constituindo uma metodologia para sugerir a todos os estados para que de hoje até o Congresso a gente de fato institua a política de quadros nos comitês estaduais como centro da direção organizativa. Hoje o Partido é muito complexo e precisa de direções muitos capazes, e a construção dessas direções é a pérola da política de quadros”.

A reunião formalizou também a participação da secretária de Formação do PCdoB do Ceará, Neide Freitas e da ex-presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Elisângela Lizardo, à Comissão Nacional de Organização. “A CNO é constituída de pessoas muito experientes e com grande traquejo na construção e no controle da vida partidária, quadros que têm auxiliado muito na descentralização o trabalho em todo o país. Mas a equipe central acabou ficando enfraquecida e estamos trazendo dois quadros jovens para reforçar esse núcleo central – que é a parte Executiva da Comissão Nacional de Organização”.

Neide Freitas

A secretária de Formação do PCdoB-Ceará e chefe de gabinete do deputado federal Chico Lopes, Neide Freitas, considera o trabalho de Organização uma tarefa central do Partido. “Minha experiência com a política de Organização é como dirigente política do Partido. Mesmo atuando na Formação, guardamos uma relação muito estreita com a Organização, que é a linha que vai costurando o conjunto das frentes e do trabalho do Partido”.

Formada em Letras e com especialização em Gestão Pública, Neide afirma que o PCdoB vive um momento muito especial do ponto de vista da nova forma de Organização. “Minha expectativa é contribuir para os dois grandes feitos que, do meu ponto de vista, nos possibilitou ter esse Partido grande, de massas e de quadros que são a Escola Nacional de Formação e a Política de Quadros. Acho que são as duas questões centrais dessa década, e que vão nos ajudar a construir um Partido forte, de massas e unificado”.

Para ela, o grande desafio é colaborar com a implementação da Política de Quadros no conjunto do país. “Essa é uma tarefa de todos, não apenas do departamento de Quadros. Devemos envolver a sociedade no debate sobre as ideias do Partido. Acho que o Congresso nos dará essa oportunidade de dialogar com o conjunto da sociedade sobre o que pensamos e, principalmente, qual é o nosso projeto para o Brasil. O PCdoB só vai conseguir se relacionar e passar suas ideias se tivermos um conjunto de quadros em condições de fazer esse debate e que seja referência para a sociedade. Precisamos criar na Organização as condições para que esses conjuntos de quadros que estão no entorno da nossa atuação se aproximem e vejam aqui como um espaço de trocas de ideias e que percebam que no PCdoB, as formas de organização desses conjuntos de quadros que dialogam com as nossas ideias têm múltiplas formas, e que ainda estamos abertos a aglutinar esse conjunto de ideias. Se conseguirmos fazer com que esses quadros e essas lideranças olhem para o PCdoB e vejam a possibilidade de contribuir concretamente com a construção da política no Partido, vamos dar um salto imenso”.

Elisângela Lizardo

Egressa da militância do movimento estudantil universitário, a ex-presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Elisângela Lizardo, explica que a nova tarefa na Comissão Nacional de Organização tem nuances que se assemelham à função que ela também desempenhou durante o período em que atuou na executiva nacional da União da Juventude Socialista (UJS) e no coletivo partidário na própria ANPG — que exigiam um trabalho permanente com os estados.

“Uma tarefa desafiadora e ao mesmo tempo estimulante porque tem como perspectiva contribuir na implementação da política de quadros aprovada no 12º Congresso, fortalecida nos nossos fóruns e tão bem vista pelo coletivo da nossa militância. O Partido se abre para debater com cada quadro as suas expectativas, sua melhor alocação, a sua possibilidade de contribuição para um Partido cada vez mais forte, mais enraizado e com quadros cada vez mais qualificados”.

Elisângela atuará junto à Comissão Nacional de Organização para fortalecer o trabalho ao Departamento Nacional de Quadros, em especial na interface da política de quadros com as diversas secretarias do PCdoB em áreas específicas como juventude, mulheres, cultura, ciência e trabalhadores. “A ideia é que a gente consiga consolidar esse trabalho de interface das secretarias com a Organização para a implementação da Política de Quadros em especial com vistas aos debates do 13º Congresso. As teses serão debatidas com os diferentes coletivos, áreas e secretarias. Alguns encontros discutirão essas teses e também as políticas específicas de cada área”.