Ciclistas pedem respeito e melhorias no trânsito de Salvador

Quem utiliza a bicicleta como um meio de transporte e lazer reclama da falta de ciclovias e de respeito dos motoristas. Andar de bicicleta em Salvador é tarefa difícil quando o assunto é dividir as ruas congestionadas com motoristas, que não respeitam os ciclistas e acabam até por atropelá-los, algumas vezes. A cidade possui apenas uma ciclovia de lazer situada na orla, entre Amaralina e Itapuã. Porém, o espaço é pequeno e muitos pedestres correm e andam no local, o que dificulta o percurso.

Para chamar a atenção das autoridades, mais de 300 ciclistas participaram de um passeio organizado pela Associação dos Bicicleteiros do Estado da Bahia (Asbeb), no último domingo (2/6), e percorreram 35 km. Acompanhados por batedores da Transalvador e uma viatura da Polícia Militar, eles saíram do estacionamento em frente à Arena Fonte Nova e percorreram vários bairros, entre os quais Vasco da Gama, Rio Vermelho, Ondina e Centro. Segundo o presidente da Asbeb, Maurício Silva Cruz, todo início de mês é promovido um passeio desta natureza pela cidade .

O grupo se organiza através da internet e Maurício reforça que vem há mais de dez anos chamando atenção das autoridades para construção de ciclovias pela cidade. Os benefícios à saúde e a economia do tempo no trânsito de quem pratica o ciclismo são notórios, mas a dificuldade de quem adere à bicicleta no trajeto diário em Salvador é grande.

O coordenador da Asbeb, Tadeu Santana, informou que está em tramitação um projeto que prevê construções de ciclovias em diversos locais de Salvador, como no Centro Administrativo e Pelourinho, além da recuperação da ciclovia que já existe na cidade. “Esse projeto está em fase de licitação e é de responsabilidade da Conder. Esperamos que até o final do ano esteja pronto, para começar as construções de ciclovias”, confirmou.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro