Diálogos pelo Maranhão discute industrialização do açaí

 

Diálogos Carutapera
“O conjunto de compromissos com os quais trabalhamos estão profundamente ligados com a solução dos problemas que ouvimos por onde passamos. É esse o fundamento de nosso movimento,” resumiu Flávio Dino em mais uma edição do movimento Diálogos pelo Maranhão, em Carutapera.

Incentivo ao desenvolvimento da agricultura, pesca, turismo, cultura e infraestrutura foram as reivindicações apresentadas pela população de Amapá do Maranhão e Carutapera, que foram sede do movimento Diálogos pelo Maranhão na noite da última sexta (31 de maio).

Problema comum às duas cidades é a falta de atenção à produção de juçara. A região possui forte potencial para a produção agrícola de juçara e, há nove anos, os pequenos produtores rurais fundaram a Associação de Pequenos Produtores de Açaí – reunindo os pequenos agricultores das cidades às margens do rio Gurupi.

Com grande potencial tanto na agricultura quanto na pesca, Carutapera reivindica investimentos específicos para cada área. Cândido Cavalcante, representante da Embrapa na cidade, relatou a falta de incentivo ao pequeno agricultor na região.

“Desde que a população fundou a Associação de Produtores de Açaí, que foi em 2004, apesar de se fortalecer ano após ano, nada foi feito para fazer com que a produção de açaí entre em expansão. Continuamos isolados do resto do Maranhão. Mas sabemos, Flávio Dino, que seu sonho é o mesmo do nosso. O sonho do desenvolvimento,” destacou.

Nete (PCdoB), vice-prefeita de Amapá do Maranhão, confirmou a importância de um trabalho conjunto entre prefeituras e governo do estado para desenvolver os potenciais agrícolas da região. “O açaí nosso é quase todo destruído. É preciso fazer os arranjos produtivos para exportar nosso produto e gerar emprego e renda para a população das cidades aqui perto, principalmente de Amapá do Maranhão,” disse.

Com investimento de apenas 0,5% do orçamento em agricultura previsto para 2013 pelo governo do estado, a discussão da agricultura familiar e de alta produção é reclamação constante da população ouvida durante as edições do movimento Diálogos pelo Maranhão.

“Por que não aproveitar o litoral e as riquezas que a terra dá, se podemos crescer em tantas vertentes? As belezas e riquezas do litoral norte do Maranhão são subaproveitados ano após ano. Então fica a pergunta: Vale a pena continuar nessa estrada ou devemos mudar de rumo?”, questionou Flávio Dino.

Clóvis Filho, representante da cidade de Cândido Mendes, resumiu as ideias discutidas: “é o momento de passar a limpo a história do Maranhão”.

Fonte: Diálogos pelo Maranhão