Plenário da Comissão da Amazônia recebe nome de “Chico Mendes”
Chico Mendes dá nome a sala de reuniões da Comissão da Integração Nacional, de Desenvolvimento Regional e Amazônia na Câmara dos Deputados. A Casa aprovou, nesta quinta-feira (23), a proposta da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) denomina de Chico mendes o Plenário 15 do Anexo 2 onde ocorrem as audiências da comissão.
Publicado 24/05/2013 11:51
“Do seio da floresta, na sua fala e hábitos simples, ele levou para o mundo a pauta da sustentabilidade, quando ainda engatinhávamos para a ECO 92. A luta de Chico Mendes é absolutamente atual”, discursou a deputada Janete.
E acrescentou: “Compartilho minha alegria com os familiares de Chico Mendes, com os seringueiros, castanheiros, extrativistas, ribeirinhos, com aqueles que lutam no dia a dia, mesmo sem saber, pela sustentabilidade socioambiental. Viva Chico Mendes! Viva a Amazônia!”
Chico Mendes reuniu indígenas, seringueiros, castanheiros, pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas para a criação de reservas extrativistas. Essas reservas tinham por objetivo preservar as terras indígenas e a floresta, além de ser um instrumento da reforma agrária, tão necessária ao desenvolvimento do país.
Organizador da resistência dos seringueiros – chamados empates – contra a derrubada da floresta para dar lugar às serrarias, ao pasto e aos latifúndios de monocultura, Chico Mendes foi vítima da violência patrocinada pelos interesses que contrariou. Ele foi assassinado na porta de casa no dia 22 de dezembro de 1988, uma semana após completar 44 anos. Deixou a esposa e dois filhos menores, à época com dois e com quatro anos de idade.
Da Redação em Brasília