Avilez: "Paz colombiana também significa a paz para o continente"

“Realizar este fórum é um grande momento político em relação ao respaldo de todos os movimentos da América Latina e principalmente do Brasil com a Colômbia”, destacou o porta-voz da Marcha Patriótica Brasil e da Agenda Colômbia-Brasil, Mauricio Avilez, em entrevista para a Rádio Vermelho.

Érika Ceconi, de Porto Alegre para a Rádio Vermelho

O Fórum pela Paz na Colômbia, que começou nesta sexta-feira (24) e ocorre até o próximo domingo, em Porto Alegre (RS), começou com mesas de debates simultâneas sob os temas da paz com justiça social, soberania e democracia e contou com a participação de debatedores de diversas partes do mundo que expressam sua solidariedade com aquele país e contribuiram para as propostas que serão levadas à mesas de diálogos entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), em Cuba. 

Avilez reafirmou a importância de um evento como este e informou que espera-se que a partir do debate possam ser criadas propostas concretas de solidariedade ao povo colombiano que sofre com o conflito armado há mais de meio século. “Como permitir que os setores da oposição não sejam criminalizados?”, questionou-se ao lembrar-se de que em outras tentativas de conversa para a paz, o governo, com o apoio estadunidense, reprimiu a guerrilha. 

O porta-voz falou ainda sobre a presença de bases militares no país como uma ameaça para toda a América Latina e finalizou: "A paz colombiana também significa a paz para o nosso continente". No sábado (25) ocorrerão as mesas redondas setoriais com os temas: mulheres, educação, terra e território, trabalhadores e sindicalismo, juventude, direitos humanos e militarização.

Também está programada uma videoconferência com os delegados do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), que mantêm diálogo em Cuba, e culminará no domingo com a apresentação de uma declaração final em uma assembleia com os movimentos populares do fórum.

Ouça a íntegra da entrevista: