Carrion prestigia solenidade em homenagem aos 70 anos da CLT

O deputado Raul Carrion (PCdoB) representou a Assembleia Legislativa na Sessão Solene, realizada na segunda-feira (20), no Plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que homenageou os 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), comemorados no último 1º de maio.

clt 70 anos - inácio do canto/trt

O evento foi marcado pela presença de diversos segmentos que atuam em prol da aplicação da CLT: magistrados, advogados, servidores, membros Ministério Público do Trabalho, auxiliares da Justiça e lideranças de entidades que representam empregados e empregadores. Também houve homenagem a personalidades e entidades de destacada atuação ao longo da história da CLT.

Em nome do TRT da 4ª Região, a presidente, desembargadora Maria Helena Mallmann, destacou a criação da CLT como um passo decisivo para o respeito à condição humana no trabalho, buscando o desenvolvimento social e econômico do país.

A história de militância de Carrion está intimamente ligada às lutas dos trabalhadores. Em 1965, vinculou-se aos movimentos metalúrgico e calçadista de Porto Alegre, participando ativamente das lutas da oposição metalúrgica e contribuindo para a reconquista do Sindicato dos Sapateiros de Porto Alegre.

Após intensa luta pelo fim da ditadura militar e um exílio por países da América Latina, Carrion retornou para Porto Alegre em fins de 1979, passando a trabalhar como técnico eletrônico em empresas do ramo metalúrgico. Reintegrado ao trabalho partidário, foi eleito secretário político do PCdoB em Porto Alegre. Na Conferência Estadual de 1981, também passou a compor a direção estadual e o seu secretariado.

Logo se destacou como ativista sindical e liderança metalúrgica. Por quatro anos consecutivos, foi eleito para a Comissão de Salários do Sindicato, em Porto Alegre, – responsável pela negociação dos dissídios –, compôs seus comitês de greve, representou a categoria em inúmeros congressos, fez parte de duas chapas de oposição. Em 1987, apesar de ter estabilidade como vice-Presidente da Cipa, foi demitido sob a alegação de justa causa, não mais conseguindo emprego na categoria. Só dez anos depois teve os seus direitos reconhecidos pela Justiça do Trabalho.

De Porto Alegre,
Isabela Soares