Nigéria sob estado de emergência envia soldados às fronteiras

O presidente da Nigéria Goodluck Jonathan declarou estado de emergência nesta terça-feira (14) em três estados de fronteira, depois de uma série de ataques que afirma terem sido por grupos militantes islamistas, como o Boko Haram, também acusado pela violência em países vizinhos. Já nesta quarta e quinta-feira (16), cerca de 3.600 soldados foram enviados para a região.

Soldados Nigéria - All Africa

Jonathan declarou estado de emergência nos estados de Borno, Yobe e Adamawa, que fazem fronteira com Chade, Níger e Camarões, respectivamente, com a ordem, para o alto comando miliar, de usar medidas “excepcionais” para fazer frente à insurgência.

De acordo com informações oficiais, o grupo Boko Haram tem sido acusado de responsabilidade pela maior parte da violência, que deixou 2.000 mortos desde 2010.

As informações indicam ainda que o grupo está combatendo as forças do governo para derrubá-lo e estabelecer um Estado islâmico no norte.

Jonathan disse, em declarações para a rede nacional, que a decisão pelo estado de emergência seguiu as tentativas por outras opções, como o diálogo que tinha sido proposto. O presidente comprometeu-se, entretanto, em manter esforços na busca pelo diálogo.

A decisão do presidente foi amplamente saudada inclusive por críticos e atores políticos relevantes, como o partido Congresso pela Mudança Progressista (CPC), que disse que o presidente “não violou nenhuma lei” com a ação.

Nesta quarta, cerca de 2000 soldados foram enviados a diferentes áreas da região, de acordo com as ordens presidenciais. Os militares lançaram a primeira fase da campanha para “manter a segurança” nas fronteiras e “expulsar os insurgentes dos estados do norte”, de acordo com a agência All Africa.

O número de soldados já havia aumentado para 3.600, entretanto, nesta quinta-feira (16), acompanhados de caças, tanques e blindados enviados para a região fronteiriça.

A declaração de estado de emergência, segundo presidente, tem como objetivo “assegurar a integridade territorial da nação e aumentar a segurança das estruturas governamentais constitucionais em todos os territórios dentro das fronteiras do país”.

Com All Africa